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Twitter suspende avisos de desinformação sobre a covid-19

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 29 de Novembro de 2022 às 15h32

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Alveni Lisboa/Canaltech
Alveni Lisboa/Canaltech
Tudo sobre Twitter

O Twitter deixou de aplicar sua política de combate à desinformação sobre a covid-19. A rede social atualizou o site de transparência para remover a informação de como lida com notícias falsas e boatos infundados sobre o coronavírus. Segundo a rede de notícias CNN, a informação foi removida da página em 23 de novembro, já no comando do bilionário Elon Musk.

O efeito mais imediato dessa suspensão é o fim da exclusão de publicações que espalham mentiras sobre a pandemia. Há, no entanto, a expectativa de que a interrupção da moderação de conteúdo sobre esse assunto seja o primeiro passo para retomar contas banidas por disseminar conteúdos falsos sobre a doença e sobre as vacinas, como já havia sido sugerido pelo CEO da empresa.

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A rede do passarinho começou a adotar a política de repressão à desinformação sobre a covid-19 em janeiro de 2020, quando a doença deixou a China para invadir outros países. Desde então, foram mais de 11,2 mil contas banidas, quase 100 mil conteúdos falsos removidos e inclusão de tags de alerta em publicações de 11,7 milhões de contas.

Na época da implementação, muitos profissionais da área da saúde elogiaram a plataforma por adotar tal medida cedo, como uma tentativa de barrar a disseminação de mentiras e boatos envolvendo a doença. Embora tenha ajudado, não foi suficiente para conter a onda de fake news, principalmente porque várias delas vinham de políticos e influenciadores digitais.

Fim da moderação de conteúdo do Twitter

Elon Musk já expressou seu descontentamento com medidas de isolamento social e até falou mal das vacinas em várias situações. O bilionário manteve a fábrica da Tesla aberta mesmo com decretos determinando o fechando os ambientes no início da pandemia. Ele também criticou o que chamou de "aprisionamento forçado" das pessoas, chegando a dizer que mudaria a sede da fabricante de automóveis para um estado que não adotasse o fechamento de comércio.

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Essa pode ter sido apenas uma das várias frentes de moderação de conteúdo encerradas sob a gestão Musk. Ele é contrário a essa prática, porque entende que a liberdade de expressão deve ser ampla e irrestrita, mesmo em relação a comportamentos tóxicos ou sobre a manipulação da verdade.

Há críticas também acerca das demissões em massa do Twitter, que podem ter afetado as áreas de segurança da informação e o monitoramento de conteúdos específicos, como o combate à exploração sexual e abuso de crianças e adolescentes. A rede social já está na mira de autoridades do Reino Unido por não agir rapidamente para remover conteúdos para os mais jovens.

Recentemente, até a Apple teria ameaçado remover o app da mídia social da App Store, segundo Musk, devido à falta de moderação de conteúdo. O atrito entre o Twitter e a Apple se tornou evidente desde quando o chefe da App Store, Phil Schiller, apagou sua conta da rede social. A gigante de Cupertino não se manifestou publicamente sobre o assunto, mas a decisão do executivo sinalizou um descontentamento da Maçã com a nova direção do Passarinho Azul.

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Fonte: CNN