Publicidade

Como os fones Bluetooth inundaram o mercado em 10 anos

Por| Editado por Léo Müller | 11 de Julho de 2022 às 09h55

Link copiado!

Erick Teixeira/Canaltech
Erick Teixeira/Canaltech

Nos últimos dez anos, o mercado de fones de ouvido Bluetooth alavancou de maneira surpreendente. A quantidade à venda atualmente é quase incontável, principalmente porque existem marcas fabricando modelos para diferentes categorias com o intuito de atender a demanda crescente.

Entretanto, há empresas que influenciam ainda mais para as renovações dentro desse segmento, pois causam alvoroço quando as suas decisões impactam no poder de escolha do público, e, principalmente, por alinharem essas ações com outros lançamentos justificativos.

Preços variados, necessidade de recarga, recursos que ajudam a classificar cada opção são apenas alguns dos muitos elementos herdados pelo público com a popularização dos fones Bluetooth.

Continua após a publicidade

Sejam intra-auriculares completamente sem fio ou headphones, a adesão dos fones Bluetooth com esses formatos foi rápida, e, de certa forma, obrigatória em alguns casos. Vamos relembrar um pouco da linha do tempo da inundação ao longo da década?

A Apple ramifica e diversifica

A Apple não se destaca apenas no mercado de celulares, mas também por conseguir ser disruptiva e ditar “tendência”. Prova disso é que a gigante de Cupertino surpreendeu e revoltou a muitos em 2020 quando removeu os fones de ouvido da caixa dos iPhones.

Continua após a publicidade

Consequentemente, o público que é usuário fiel precisou ir em busca de uma alternativa à altura do smartphone para conseguir aproveitar todas as funcionalidades de áudio embutidas pela Apple no produto.

AirPods

Com a sua primeira versão lançada em 2016, os AirPods foram uma grata surpresa no mercado de fones de ouvido Bluetooth. O principal diferencial desse aparelho, além do design, era possibilidade de utilizá-los sem depender de qualquer cabo de fixação, popularizando assim o formato true wireless.

Os acessórios têm sensores sensíveis ao toque em suas partes externas para garantir que as ações desejadas seriam executadas precisamente. Esse mesmo formato foi mantido na segunda geração — popularmente chamada de AirPods 2 —, mas com melhorias no áudio.

Continua após a publicidade

Uma das grandes inovações da Apple em modelos TWS veio com os AirPods Pro em 2019, pois os fones de ouvido possuem borrachas para facilitar a fixação e vedação do som.

Consequentemente, a maior vantagem veio com a chegada do cancelamento ativo de ruído — ANC — no produto, pois esse recurso serviu de inspiração para diversas empresas implementarem em seus produtos.

Continua após a publicidade

Beats

A Beats é uma marca by Apple que já possui um nome forte no mercado de áudio. Além de contar com grande apelo no mercado de alto custo mesmo antes de ser adquirida pela Apple, essa empresa sempre se destacou por ser uma fabricante focada em aparelho de som premium com alta versatilidade.

Desde que a linha Beats Solo recebeu modelos com a tecnologia sem fio, as concorrentes começaram a se movimentar para alcançar o mesmo patamar de qualidade em seus headphones sem fio.

Continua após a publicidade

Entretanto, a marca seguiu progredindo e agora também trabalha com opções TWS, como é o caso do Beats Fit Pro. Além desse modelo, a empresa conta atualmente com três versões de fones no formato earbuds, com destaque para o Beats Studio Buds.

Xiaomi e os AirDots

Muita gente não se lembra, mas a Xiaomi foi uma das primeiras marcas de alta popularidade a não disponibilizar fones de ouvido na embalagem de seus smartphones. Na verdade, desde a primeira geração de celulares da empresa que a chinesa já adotava essa política de não fornecer o acessório na caixa com a promessa de descontar essa ausência no preço final.

Continua após a publicidade

E por estar com esse posicionamento desde 2011, até que demorou para a gigante da China despontar com um fone de ouvido Bluetooth. Isso porque apenas em 2019 a Xiaomi lançou a primeira geração dos AirDots.

Com o foco em ser uma alternativa custo-benefício — assim como grande parte dos produtos da empresa —, o primeiro AirDots ajudou a popularizar a subsidiária Redmi. Com o formato TWS, ele trazia um visual compacto e ao mesmo tempo intuitivo com um botão físico revestido de funções que variavam de acordo com o tipo de toque.

A principal consequência de ter um preço abaixo de seus concorrentes indiretos — próximo de R$ 120 — fica por conta do áudio. A qualidade sonora sempre esteve mais focada nas frequências médias e para gamers não era a melhor opção por ter um alto tempo de resposta.

Continua após a publicidade

Essa dinâmica dos AirDots foi mantida por praticamente cinco modelos consecutivos, até que a Xiaomi lançou o Redmi AirDots 3 Pro. Nesse, o preço subiu consideravelmente, mas a qualidade de construção e de som foram elevadas.

Samsung lançou os Buds e surpreendeu o público

Desde que a AKG entrou no guarda-chuva da Samsung, vimos a sul-coreana dar um salto bem-vindo na qualidade sonora de seus fones de ouvido. Entre 2017 e 2020, a marca disponibilizava uma versão com fio dos acessórios na embalagem de seus smartphones das linhas Galaxy S e Galaxy Note (R.I.P.).

Continua após a publicidade

Todavia, em 2019 a Samsung começou a dar indícios de que seguiria outro caminho para aproveitar melhor essa parceria com o lançamento dos Galaxy Buds. Com diversos recursos interessantes para a época, o aparelho se tornou rapidamente uma das melhores opções para usuários Android, apesar de o seu preço não ser tão convidativo quanto o dos AirDots.

Ao longo dos anos, a Samsung ainda trouxe ao mercado os modelos Galaxy Buds+, os Galaxy Buds Live que se destacam pelo formato parecido com um feijão, os Galaxy Buds Pro e os Galaxy Buds 2 que trazem melhorias no design e o “Modo transparência”, que é um recurso cada vez mais adotado em fones TWS premium.

Continua após a publicidade

A proliferação segue firme e forte

Apesar de Apple, Xiaomi e Samsung terem um destaque maior no mercado, não podemos esquecer de citar fabricantes que segue apostando em diferentes categorias e recursos para entregarem alternativas à altura para o público.

Como é o caso da JBL, que todo ano renova a sua linha de fones TWS com foco em custo-benefício e entrega funcionalidades atrativas para o usuário, como o pareamento rápido para celulares Android — Fast Pair — e a compatibilidade com as assistentes pessoais Alexa e Google Assistente.

A Sennheiser merece uma menção por ter nascido quando os fones com fio ainda dominavam, mas foi capaz de se reinventar para proporcionar ao seu público o áudio de qualidade que já estão acostumados com a vantagem da conexão sem fio.

Continua após a publicidade

Outra empresa que merece ser citada é a Edifier. Velha conhecida de quem compra monitores de áudio e outros equipamentos com foco no som, a chinesa disponibiliza opções de headphones e TWS Bluetooth, como é o caso do W800BT e do NeoBuds Pro, por exemplo.

Apesar de não ser o foco da Amazon, Realme e Motorola, essas marcas também têm se mostrado inclinadas a investirem em fones Bluetooth. Consequentemente, o maior favorecido com essa variação no mercado é o consumidor.

E aí, como está a sua coletânea de fones Bluetooth em casa? Ainda são contáveis ou já perdeu a noção pela quantia excessiva que possui? Diga para a gente nas redes sociais.