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Review Motorola Edge 40 | Mudou de novo, mas está melhor

Por| Editado por Léo Müller | 29 de Maio de 2023 às 18h17

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Review Motorola Edge 40 | Mudou de novo, mas está melhor
Review Motorola Edge 40 | Mudou de novo, mas está melhor

Nestes quase 3 anos de vida, a linha Motorola Edge mudou tanto quanto o David Bowie, mas, assim como o cantor, a cada novidade, os celulares ficaram melhores. O Edge 40, lançamento da marca no Brasil, é mais um passo rumo ao amadurecimento de uma família que sempre esteve às sombras dos populares Moto G.

Quais são os pontos positivos e negativos do novo Motorola Edge 40? Testei o novo smartphone por alguns dias e conto minhas impressões nos próximos parágrafos! E se você se interessar pelo modelo ao final desta análise, haverá links de compra para você aproveitar.

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Design digno de top de linha

Eu critico a falta de identidade visual dos Motorola Edge há quase 2 anos, mas, desta vez, são só elogios. O Edge 40 é completamente diferente do seu antecessor direto, o Edge 30, porém se assemelha aos Edge 30 Fusion e 30 Ultra, os quais, felizmente, retornaram com a proposta principal da linha: trazer algum aspecto curvo.

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Ou seja, tanto a tela quanto a tampa traseira são ligeiramente curvadas, deixando o celular com uma pegada bastante confortável e delicada, mesmo sendo um pouco mais pesado.

Outro ponto muito positivo da construção do Edge 40 é a proteção contra água e poeira (certificação IP68), tornando essa geração a primeira com a classificação. Só demorou quatro gerações para isso acontecer, mas que bom que a Motorola ouviu o feedback dos usuários.

A tampa traseira do smartphone tem um acabamento em tecido que simula couro, além de laterais em alumínio. Além disso, a Motorola é uma das poucas fabricantes que acertam nas opções de cores dos seus smartphones — além do preto tradicional, temos um magenta, considerada a cor do ano para 2023 da Pantone.

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Como esperado, o Motorola Edge 40 chega sem entrada para fones de ouvido, mas ao menos continua com entrada para dois chips de operadora e som estéreo. Além disso, o celular suporta carregamento sem fio de até 15 W.

Tela OLED incrível

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Em tela, a Motorola não costuma economizar nos números. Falamos de um painel OLED de 6,55 polegadas com resolução Full HD, taxa de atualização de 144 Hz, suporte a HDR no padrão HDR10+ e brilho de até 1.200 nits — praticamente, é a tela do poderoso Edge 30 Ultra num modelo intermediário.

Eu já destaquei em outras análises que não dá para diferenciar uma tela de 144 Hz de uma com 120 Hz, então não entrarei nesse mérito novamente. Como também sei que a Motorola não deve abrir mão desse diferencial, saiba que o painel continua extremamente fluido, porém nada impressionante ou superior aos concorrentes.

Assim como no Edge 30 Ultra, a tela do Edge 40 é um pouco puxada para o quente, e a opção de tonalidade “saturada” deixa tudo um pouco mais vibrante. Eu gostei da configuração, mas a temperatura da cor deve estar no meio para ser menos avermelhada.

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O painel curvo do smartphone também tem apelo funcional com a função Edge Lights — as bordas ao redor da tela brilham com notificações de chamadas, alertas e mensagens. Não é nada inovador, mas pode ser útil para quando o celular estiver no modo silencioso.

Som muito competente

Enquanto o Edge 40 se aproxima muito do seu irmão 30 Ultra no quesito tela, no som temos uma qualidade um pouco inferior, apresentando uma cerca perde de definição em reproduções mais complexas. No entanto, ele traz graves muito presentes e definidos, muito similar ao que acontece no Samsung Galaxy A54 5G.

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Configurações e desempenho

O cérebro do Motorola Edge 40 é o processador MediaTek Dimensity 8020, uma versão ligeiramente melhorada do Dimensity 1200, antigo SoC (System on a chip) premium da marca. Apesar do nome com números inflados, trata-se de um modelo similar ao Snapdragon 778G Plus, da Qualcomm, que equipa o Edge 30.

Como já era de se esperar de um celular da linha Edge, o Edge 40 foi mais um que me fez questionar a diferença entre um intermediário e um top de linha. Aplicativos como Facebook, Instagram, Twitter, TikTok, WhatsApp e Twitch rodaram com muita fluidez e sem sinais de engasgos ou travamentos. A abertura de aplicativos e o acesso a recursos do sistema também foram quase instantâneas.

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Quanto à experiência de uso, já tem alguns anos que comparamos o Edge base com o Galaxy A mais potente, e ele sempre ficou atrás por alguns motivos. Nesta geração, no entanto, a sensação ao utilizar o Edge 40 foi mais próxima de um celular top de linha que o A54, por exemplo, o que considero um baita feito para a Motorola.

Um detalhe percebido durante os testes foi um leve aquecimento acima da média na trampa traseira e na tela enquanto rodava alguns testes de benchmark, principalmente o AnTuTu 10, algo que não ocorreu com o A54. Não foi nada que tenha afetado negativamente o desempenho, mas talvez possa incomodar em longos períodos de jogatina e afetar negativamente a bateria.

Para quem curte números e comparações, o Edge 40 fez ótimos 737.822 pontos no AnTuTu 9, somente um pouco atrás do top de linha Google Pixel 7 Pro (744.114 pontos) e muito a frente do Samsung Galaxy A54 5G (504.527 pontos). Ou seja, é uma média excelente para um intermediário premium.

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Interface e sistema

Felizmente, o que a Motorola nunca mudou foi a My UX, que, no Edge 40, chega baseada no Android 13. Visualmente, a interface da Motorola é muito parecida com o Android “puro”, mas basta procurar um pouco para encontrar um monte de opções de personalização e recursos próprios interessantes.

Por exemplo, na tela de personalização dá para mudar facilmente o papel de parede, tema, fonte, formato do ícone, cores predominantes do sistema, o Edge Lights e até a animação da impressão digital.

Os tradicionais gestos da linha Moto G também estão presentes, como o de chacoalhar para acionar a câmera, porém temos, também, o Ready For, plataforma que basicamente transforma o celular num computador.

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Infelizmente, um ponto negativo do Edge 40 é a promessa de apenas 2 anos de atualizações do Android, enquanto a concorrência entrega entre 3 e 4 anos. O melhor exemplo é o já citado Galaxy A54 5G, que é menos potente que o Edge 40, porém oferece 4 gerações de Android e 5 anos de updates de segurança.

Câmeras

São só três câmeras no Edge 40: principal de 50 MP, ultrawide/macro de 13 MP e frontal de 32 MP. Por se tratar de um intermediário com “experiência de flagship”, bem que ele poderia ter uma câmera telefoto, mas só de excluir o sensor de profundidade e a lente dedicada para fotos macro já melhora.

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A câmera principal do Edge 40 tira fotos em 12,5 MP, com Quad Pixel, com uma qualidade muito interessante. As imagens têm um ganho nas cores que me agrada, mas o balanço de branco tende a deixar os resultados um pouco mais esverdeados. O pós-processamento também pode exagerar um pouco na nitidez dependendo do cenário.

O modo retrato, por sua vez, tem um bom recorte de fundo e desfoque natural. Por padrão, o retrato tradicional faz uma aproximação digital (já que ele não tem câmera telefoto), então parece que a imagem perde um pouco de definição na pré-visualização. A outra opção, chamada “grande-angular (35mm)”, que parece utilizar o sensor sem zoom digital.

A câmera ultrawide de 13 MP perde qualidade em relação à principal, mas ainda oferece amplo alcance dinâmico (HDR) e cores vivas. Nos cantos, informações mais escuras têm pouca definição, mas não percebi muita distorção, como normalmente acontece em modelos mais básicos.

Quanto ao modo noturno, o Night Vision da Motorola continua competente. Ainda dá para perceber que o pós-processamento exagera na nitidez para compensar a falta de detalhes, mas, no geral, os registros saem brilhantes e com ruídos relativamente controlados.

Quanto à câmera frontal de 32 MP, não espere uma qualidade surpreendente. O pós-processamento suaviza muito as marcas de expressão do rosto, consequentemente limitando os detalhes. Lado a lado com o Galaxy A54 5G, a inferioridade do Edge 40 é enorme.

Nos vídeos, o Edge 40 consegue gravar em até 4K@60fps com a câmera principal. O nível de detalhes e o alcance dinâmico são muito bons, e, embora a estabilização dê conta de movimentos mais bruscos, a filmagem final apresenta leves tremidas a cada passo.

Bateria e carregamento

A bateria não é o forte do Edge 40. No nosso teste padrão, que simula o uso no dia a dia, o celular da Motorola consumiu 45% após seis horas de utilização de redes sociais, mensageiros instantâneos, jogos, vídeos e navegação na web. Para ser justo com todos os modelos, usamos a tela no modo automático num ambiente controlado.

Com a tela ligada, o Edge 40 ficou cerca de 4 horas de 30 minutos, com a taxa de atualização fixa em 144 Hz, o máximo permitido pela empresa. No nosso banco de dados, o smartphone ficou com o maior consumo entre os modelos intermediários premium e top de linha, o que não é muito animador.

No entanto, vale sempre mencionar que a autonomia de bateria de um smartphone depende de muitos fatores, então não leve nossos testes muito “ao pé da letra”. Por exemplo, utilizando o celular diariamente durante 1 semana, consegui cerca de 1,5 dia de uso moderado tranquilamente, o que, para mim, é foi bom.

Com relação às capacidades de carregamento, nada a reclamar. Ele suporta recarga rápida de 68 W de potência por fio, além de 15 W sem fio, uma combinação digna de top de linha.

Concorrentes diretos

O Edge 40 é posicionado como um “intermediário que entrega uma experiência de flagship”, por isso fica um pouco então ele poderia concorrer tanto com o Galaxy A54 5G quanto com o Galaxy S21 FE 5G. No entanto, com seu preço na faixa dos R$ 3.999, com histórico de não baixar muito rapidamente, ele compete acaba competindo com tops de linha.

Um exemplo é o Galaxy S23, que, atualmente, pode ser encontrado na mesma faixa de preço do smartphone da Motorola. Nem preciso comentar que ele é melhor em tudo, até estarmos falando de um smartphone com Snapdragon 8 Gen 2 For Galaxy, 3 câmeras espetaculares e promessa de 5 anos de atualizações.

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Caso seu preço caia para menos de R$ 3.000, dá para citar concorrentes como Poco F5 Pro, que se sobressai em desempenho e qualidade de tela, além do preço em torno de R$ 2.500. Porém, ele peca por oferecer câmeras menos competentes e por não estar disponíveis para venda no Brasil oficialmente.

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O Motorola Edge 40 vale a pena?

É muito agradável ver que a Motorola melhorou a linha Edge a ponto de torná-la uma ótima alternativa no mercado brasileiro, principalmente contra a Samsung e sua linha Galaxy A. O Edge 40 cumpre a promessa da fabricante de oferecer uma experiência de flagship num smartphone intermediário.

No entanto, acredito que um modelo intermediário não deva custar mais de R$ 2.500, senão deixa de fazer sentido para a categoria, e o Edge 40 ultrapassa esse limite com um preço em torno de R$ 3.999. Em suma, ele é um excelente celular que vale a pena apenas se custar menos de R$ 3.000.

Infelizmente, no entanto, a linha Edge não é conhecida por ter muitas quedas de preço rapidamente, então fiquemos apenas na torcida para que isso aconteça o mais rapidamente possível. E você consegue acompanhar o histórico de preços do smartphone no Canaltech Ofertas!

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