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Review Xbox Series S | A porta de entrada para a nova geração

Por| Editado por Léo Müller | 11 de Janeiro de 2022 às 14h50

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Review Xbox Series S | A porta de entrada para a nova geração
Review Xbox Series S | A porta de entrada para a nova geração

Neste review do Xbox Series S, você confere todas as minhas impressões do console mais barato desta nova geração. Será que, com a falta do Xbox Series X e do PlayStation 5 das lojas, ele é a melhor opção para comprar em 2022? Continue a leitura para descobrir!

Antes de começarmos, aviso sempre que, caso você se interesse pelo Xbox Series S ao final desta análise, deixarei links de compra confiáveis para você adquiri-lo. Vamos nessa?

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Construção e design

O Xbox Series S é um console tão diferente do Series X que eles nem parecem ser irmãos. O videogame mais simples aposta numa identidade mais tradicional, mesmo que ainda única, com uma caixa retangular e orientação na horizontal.

Particularmente, gostei mais do design mais “pé no chão” do Series S que do Series X, cujo formato de torre, parecido com um gabinete de computador, é muito agressivo e destoante.

A cor branca predominante do console tem uma aparência ligeiramente opaca bem discreta, e as conexões frontais, o logo do Xbox e a saída de ar circular mais escuras dão um contraste interessante.

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Mas o que mais me impressionou no projeto do Xbox Series S foi o seu tamanho “minúsculo” — se considerarmos o tamanho do Series X e do PlayStation 5, é claro. Ele pesa menos de 2 kg e dimensões 6,5 cm x 15,1 cm x 27,5 cm.

Quando eu tirei o console da caixa pela primeira vez, até estranhei o seu corpo, porque ele consegue ser bem menor que o Xbox One, enquanto é mais poderoso, também.

Além disso, o Series S é ótimo para entrar em qualquer cantinho em salas, escritórios ou quartos, já que ele mal chama atenção.

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Com relação às entradas e conexões, o Xbox Series S tem uma entrada HDMI 2.1, duas USB 3.0, outra para slot de cartão de expansão e uma Ethernet — mas ele também tem Wi-Fi. Na frente, há apenas uma terceira entrada USB-C 3.0.

Controle atualizado

O controle do Xbox Series S é o mesmo do Series S, apenas trocando a cor preta pela branca. No geral, ele não mudou muito em relação às gerações passadas, mas trouxe algumas atualizações pontuais interessantes.

A primeira é a adição de um acabamento texturizado na parte anterior do controle, nos gatilhos e nos analógicos. Com isso, a pegada ficou mais firme, tendo mais segurança até para executar movimentos mais bruscos, como em jogos de luta.

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O D-Pad também mudou e agora possui extremidades mais elevadas, bem mais fáceis de serem pressionadas. No Xbox One, o botão tinha um design em cruz que era muito duro e ruim para jogar títulos de ação, como Street Fighter e Mortal Kombat.

O joystick do Series S ainda conta com uma entrada P2 para fones de ouvido e uma porta para o headset proprietário da Microsoft — vendido separadamente. Ah, vale lembrar que ele ainda é alimentado por duas pilhas AA.

Felizmente, não tenho nada grave a reclamar do controle da Microsoft. É um dos melhores disponíveis no mercado em ergonomia — só perdendo para o Pro Controller do Nintendo Switch.

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Um detalhe que não me agradou muito foi a construção do D-Pad. Ele faz um barulho consideravelmente alto ao apertar, dando uma impressão de que o material usada é de baixa qualidade.

E o curioso é que essa sensação não se repete nos outros botões, estes que são mais confortáveis e aparentemente mais robustos.

Configurações e desempenho

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Além do visual, outra diferença do Series S em relação ao Series X está no desempenho.

O console mais simples é equipado com o mesmo processador AMD com microarquitetura Zen 2 de 7 nm do modelo mais potente, com oito núcleos e 16 threads. A diferença principal está na velocidade menor, de 3,6 GHz, contra 3,8 GHz.

A parte gráfica do Series S, por sua vez, fica a cargo de uma placa de vídeo 100% baseada na microarquitetura RDNA 2, da AMD. Diferentemente do Series X, no entanto, que entrega incríveis 12 TFLOPs de potência, o Series S oferece “apenas” 4 TFLOps.

Completam as especificações do Xbox Series S: 10 GB de memória RAM GDDR6 e SSD NVME personalizado de 512 GB, além do suporte para o cartão de expansão Seagate de 1 TB, vendido separadamente.

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Bom, somente pelas configurações, parece que o Series S é um console muito inferior ao Series X. Na prática, entretanto, o resultado é bem diferente.

Durante alguns dias, joguei com ambos os videogames e notei diferenças visuais apenas nos detalhes. Obviamente, o Ray Tracing, a definição, a textura e o carregamento são melhores no modelo mais potente, mas me impressionei bastante com o que a Microsoft entregou no pequenino da nova geração.

Forza Horizon 5, FIFA 22 e Fortnite, só para citar alguns títulos testados, tiveram um desempenho surpreendente nos meus testes. Somente em Medium, um dos mais pesados da atualidade, que notei algumas perdas de quadros e texturas mais demoradas para carregar.

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Geralmente, o máximo que você vai conseguir extrair do Xbox Series serão jogos em até 1.440p (Quad HD), com taxa de quadros alcançando até 120 fps dependendo do jogo.

Infelizmente, nem todos os títulos estão adaptados para extrair o máximo do console, portanto alguns chegarão apenas a Full HD a 60 fps — o que já é ótimo para usuários mais comuns.

Importante mencionar que, para conseguir chegar aos 120 quadros por segundo no game, é preciso ter uma boa smart TV com entrada HDMI 2.1. Infelizmente, muitos modelos baratos carecem dessa tecnologia, portanto você precisará considerar a compra de uma TV compatível se quiser ter uma maior qualidade na jogatina.

Interface e armazenamento

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Além dos gráficos, outro detalhe que faz o Series S ser um console surpreendente é a velocidade de carregamento e transição da interface. Tudo aqui roda muito fluido, desde a navegação no painel de controle até a abertura de aplicativos e jogos.

Isso tudo não seria possível sem a adição de um SSD NVME personalizado, substituindo o HD das gerações passadas, além da arquitetura Xbox Velocity, que basicamente é um conjunto de hardware e software capazes de diminuir o tempo de inicialização do próprio console, jogos e outros aplicativos.

Outra novidade muito bem-vinda é o Quick Resume, o multitarefas do Xbox Series S. Ele permite a alternância entre jogos sem a necessidade de fechá-los, algo que não era permitido nas gerações anteriores. Por aqui, você consegue manter até três games abertos simultaneamente.

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Talvez o único ponto negativo disso tudo seja a capacidade máxima do SSD de “apenas” 512 GB. Durante os meus testes, chegou um momento em que precisei desinstalar um jogo para baixar outro, algo que não aconteceria com muita facilidade num Series X de 1 TB, por exemplo.

Caso você queira aumentar a memória do seu Series S, uma alternativa é adquirir separadamente uma placa de expansão de armazenamento. O acessório é bastante caro, podendo custar mais de R$ 1.000 dependendo do modelo.

Vale mencionar, também, que o Series S não tem leitor de discos igual ao seu irmão, portanto você vai precisar gerenciar muito bem seus jogos.

Jogos

Por enquanto, a oferta de jogos exclusivos da Microsoft ainda é baixa, portanto eu não escolheria nenhum dos dois consoles da empresa se meu objetivo fosse ter exclusividade.

O último game de peso que entrou no catálogo do console, por exemplo, foi o Halo: Infinite, também disponível para Windows. Mas temos, também, Forza Horizon 5, que fez um enorme sucesso em 2021.

Para 2022, a promessa é de alguns jogos exclusivos muito aguardados, então eu ficaria ansioso para este ano se fosse você — Starfield, Fable, The Elder Scrolls 6 e Hellblade: Senua’s Sacrifice são uns dos títulos mais esperados.

Xbox Game Pass e Xbox Cloud Gaming

Apesar da baixa oferta de exclusivos da Microsoft, são nos serviços que a empresa dá um show. Com o Xbox Game Pass, por exemplo, você tem acesso a mais de 100 jogos por uma assinatura mensal de apenas R$ 30.

E o mais interessante é que a Microsoft promete incluir todos os seus lançamentos no Game Pass desde o primeiro dia, o que é excelente, pois não haverá necessidade de gastar uma fortuna num jogo novo.

Outra alternativa é experimentar a extensa retrocompatibilidade ofertada pela Microsoft: todos os jogos de Xbox One, Xbox 360 e Xbox original rodam no Xbox Series S com algumas melhorias de desempenho.

Embora ainda não esteja disponível para consoles aqui no Brasil, o Xbox Cloud Gaming, serviço de streaming de jogos da Microsoft, também será outra forma de jogar no futuro.

Com ele você poderá aproveitar dezenas de títulos no seu Xbox Series S sem precisar baixá-los, pois eles rodarão através de hardwares personalizados do Xbox Series X em servidores da Azure.

Quando o serviço estiver disponível para videogames no Brasil, você só precisará ser assinante do Xbox Game Pass Ultimate, que custa R$ 45, e ter uma internet boa para ter jogos sem travamentos ou alta latência.

Vale a pena comprar o Xbox Series S?

O Xbox Series S é o console mais conveniente desta geração. Ele compartilha de muitas características presentes no Series X, como o Quick Resume, a interface unificada, o controle atualizado e uma parte razoável da potência, e custa quase duas vezes menos.

Não podemos ignorar que o Series S é o mais simples dessa geração de videogames, portanto você não vai ter o melhor Ray Tracing, a alta velocidade, as texturas, a definição que vemos no Series X e um armazenamento maior.

Ainda assim, é possível ter uma experiência extremamente agradável com o modelo mais barato. A navegação no sistema é bastante fluida e a qualidade nos jogos é ótima considerando a sua proposta.

Considerando o preço bastante alto dos Xbox Series S e PlayStation 5, que pode ultrapassar os R$ 5.000, e a falta de estoque nas lojas, o Xbox Series S custando entre R$ 2.000 e R$ 2.500 é uma excelente pedida!