Qual é a origem do nome iPhone? Conheça a história
Por Thiago Furquim • Editado por Bruno Salutes |
Não há dúvidas de que o iPhone revolucionou o mercado de smartphones desde a sua primeira versão, lançada em 2007. Ao passo que outras marcas seguiam tendências da época inspiradas nas linhas mais famosas da Nokia e BlackBerry, a Apple decidiu tomar um rumo diferente. A tela iPhone com tecnologia multitouch mudou a forma como as pessoas interagem com dispositivos móveis de comunicação e toda a indústria de telefone inteligente.
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Para entender melhor o motivo pelo qual a Apple chamou seu smartphone de iPhone, é preciso mergulhar na história e investigar a origem simbólica do prefixo "i". Essa conotação de "individualidade", "inspiração" e "internet" representada pela letra "i" em produtos da empresa da maçã surgiu pela primeira vez 9 anos antes, em 1998, com a apresentação do iMac. Esse pequeno detalhe foi fundamental para que o nome dos produtos fossem rapidamente associados à marca.
Curiosamente, a Apple vivia um cenário completamente diferente do atual no lançamento do primeiro iMac. Nessa época, a gigante de Cupertino estava à beira da falência, apostando todas as fichas em um novo comandante que buscara sua própria redenção, Steve Jobs. A sua segunda passagem pela empresa que ajudou a criar iniciou um capítulo de sucesso em sua história e ajudou a Apple a se reerguer e lançar produtos revolucionários. Desde então, outros produtos continuaram a carregar o conceito semiótico do prefixo "i", como o iPod, o iTunes, o iBook e outros.
Em meados de 2000, a alta demanda de smartphones no mercado de varejo abriu um sinal de alerta óbvio para Apple: os iPods deverão ser superados quando os telefones inteligentes se tornarem capazes de baixar e reproduzir músicas. A princípio, a empresa da maçã estava focada num projeto de tablet com tela multitouch, inspirados em reinventar antigo Newton, produto lançado pela Apple em 1993 como um "assistente pessoal" que funcionava com caneta stylus e convertia texto escrito em caracteres digitais.
A Apple tentou iniciar uma parceria com a Motorola em 2005, com a introdução da linha ROKR. O celular ainda não tinha nenhuma característica de smartphone como conhecemos e, apesar de contar com acesso ao iTunes, era bastante complicado de usar devido ao seu projeto ter se dividido entre a Apple, Motorola e uma operadora americana.
Esse pretexto criou o cenário perfeito para que a Apple tomasse a iniciativa de iniciar seu próprio projeto de smartphone. Com a tecnologia de multitouch para seu futuro tablet já desenvolvida, a ordem de prioridade na empresa foi alterada e a urgência era aproveitar o crescente mercado capilarizado de pessoas que estavam sendo atraídas pelos smartphones.
A Marcworld Expo, antiga conferência anual da Apple, realizada em 9 de janeiro de 2007 entrou para a história. O CEO Steve Jobs preparou a audiência para o que seria a maior revolução se tratando de produtos da empresa desde o Macintosh e o iPod. O iPhone foi apresentado com a revolucionária tela multitouch (com enormes dimensões para época) um sistema bastante amigável para comunicação de texto, acesso à internet, visualização de vídeos e outros recursos interessantes.
O pós-lançamento do produto dividiu opiniões: enquanto havia uma clara tecnologia em potencial que era totalmente diferente de outros smartphones do mercado, o iPhone carregava o peso de ser bastante caro, depender de assinatura da operadora AT&T e enfrentar críticas de gigantes como a Microsoft, que desdenhou do aparelho no início (até se render e lançar sua própria linha de smartphones, sem sucesso).
Toda a desconfiança se dissipou em pouco tempo, com apenas três meses de início das vendas, o primeiro iPhone já havia vendido 1 milhão de unidades na App Store e lojas conveniadas dos EUA. A revista Time anunciou o smartphone da Apple como "a invenção do ano" e deu impulso para a distribuição mundial em suas novas versões. No Brasil, recebemos a sua geração, o iPhone 3G, em setembro de 2008.
A adaptação do mercado à tecnologia multitouch e ao sistema iPhoneOS revolucionou a indústria de smartphones. Pouco tempo depois, outras empresas lançaram produtos semelhantes para competir com a Apple, entre eles, o Google com o seu famigerado Android. Neste caso, a abordagem de código aberto baseado em Linux corroborou com o crescimento de outras empresas, como a HTC e a Samsung.
Atualmente, a Apple lidera a venda global de smartphones com o lançamento do iPhone 12, com mais de 90,1 milhões de aparelhos vendidos e 23,4% total de market share. Somando todas as gerações de celulares inteligentes vendidos pela empresa da maçã, o número de vendas está próximo de 2 bilhões de unidades vendidas e 1 bilhão ativas.
Não há duvidas de que a Apple continua mantendo o legado de sucesso do iPhone, se reinventando ano após ano com novas tecnologias que facilitam a vida e tornam o uso do smartphone mais amigável e seguro para os usuários.