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ChatGPT promete respostas mais "humanas" sobre temas polêmicos

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 17 de Fevereiro de 2023 às 10h35

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Reprodução/OpenAI (modificada)
Reprodução/OpenAI (modificada)

A OpenAI lançará uma nova modelagem para o ChatGPT oferecer respostas mais personalizadas e com mais pontos de vista em determinados assuntos. A ideia seria não classificar tudo como verdade, como faz hoje, elencando diferentes perspectivas sobre questões políticas, sociais, econômicas e comportamentais.

Uma das questões que poderiam ser resolvidas com isso é a redução do viés na inteligência artificial. Hoje, o chatbot acaba reproduzindo questões politicamente tendenciosas, ofensivas ou censuráveis, mas, com a mudança, o usuário moldaria a "personalidade" da IA para evitar a assimilação desse tipo de comportamento ou lidar de forma menos binária (sim ou não) em questões amplas.

Segundo a empresa, o foco é evitar "saídas do sistema" com as quais pessoas podem "discordar fortemente". Não significa que a tecnologia vá sucumbir a qualquer pedido, porém ela poderá dar respostas mais reflexivas ou que englobem várias correntes de pensamento.

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Como deve funcionar a personalização do ChatGPT?

A publicação diz que haverá três fases de treinamento:

  1. Baseada em conjuntos de dados da internet, aplicada atualmente e que se mantém em evolução constante;
  2. Relacionada a revisores humanos, que oferecem comandos de como agir diante de uma pergunta imprópria;
  3. Modelo refinado pelo público e customizado para as pessoas.
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As pessoas poderão analisar questões mais polêmicas e oferecer orientações de como atuar em diversas situações. Se alguém solicita a criação de um conteúdo adulto ou violento, o revisor recomenda que o ChatGPT não responda. Isso diferiria do modelo atual, quando a tecnologia sempre busca uma solução para tudo, inclusive quando o resultado pode ser incorreto ou indevido.

Já quando o tema for apenas polêmico ou com pontos de vista divergentes, como política ou religião, os revisores devem incentivar a resposta. Porém, em vez do chatbot escrever que algo é 100% certo, ele passaria a oferecer múltiplos vieses de pessoas ou movimentos sociais, deixando para o usuário escolher qual mais lhe agrada.

A terceira vertente deve ser um modelo de afinamento das respostas baseadas no feedback. Quando uma solução for classificada como negativa, o algoritmo será personalizado para compreender que aquele usuário não gostou, o que deve impedir novas respostas iguais. Se outra pessoa tiver gostado, a IA continuará a seguir no caminho certo.

ChatGPT é sucesso na web

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Ainda não está claro se a customização será para todos ou apenas para pagantes da assinatura do ChatGPT Plus. O serviço foi lançado este mês e chegou ao Brasil com mensalidades R$ 105.

O serviço alcançou mais de 100 milhões de usuários com apenas dois meses de lançamento, tornando-se um marco na história da tecnologia. Outras empresas já estão correndo para lançar soluções rivais da IA, como o Google e sua tecnologia Bard. A Amazon e a Alibaba também já estariam com o desenvolvimento avançado de apps semelhantes.

O "Novo Bing", lançado pela Microsoft recentemente, também passa por um momento de ajuste fino. A empresa divulgou uma lista com as principais falhas detectadas, incluindo a dificuldade do serviço de lidar com conversas muito longas.