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Samsung pode lançar Exynos com GPUs AMD para celulares básicos

Por  • Editado por Wallace Moté | 

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Novos rumores indicam que a Samsung está prestes a expandir sua parceria com a AMD ao trazer para a linha básica de chips Exynos as GPUs com arquitetura RDNA — a mesma tecnologiadas placas de vídeo Radeon. Até o momento, o trabalho conjunto das gigantes, muito aguardado diante da fase positiva vivida pela AMD, foi limitado à plataforma premium Exynos 2200, presente nos Galaxy S22 em algumas regiões do mundo, e apresentou resultados pouco satisfatórios.

As informações chegam através do leaker Revegnus, que apenas indica que a Samsung está trabalhando para trazer a arquitetura RDNA aos chips Exynos destinados a celulares de entrada. Mais interessante é que o primeiro modelo a contar com a novidade já poderia estrear no ano que vem. Caso seja confirmada, a medida tem uma série de implicações de peso não apenas para a gigante sul-coreana, como também para a ARM.

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Apesar de não ter lançado um processador premium neste ano, a companhia coreana trouxe ao mercado o Exynos 1330, adotado no Galaxy A14 5G, e o Exynos 1380, utilizado no Galaxy A545G, ambos modelos que integram séries extremamente populares da marca. A questão é que os dois chips empregam GPUs Mali, desenvolvidas pela ARM — a gigante é responsável pela famosa arquitetura que tem agitado os servidores, com processadores da Amazon e Nvidia, e os PCs para consumidores, com os chips Apple Silicon.

Acompanhada pela MediaTek, a Samsung é uma das únicas megacorporações que desenvolvem plataformas próprias para smartphone que adotam as GPUs Mali. Caso opte por migrar para soluções gráficas próprias, a decisão poderia impactar os negócios da ARM, mesmo que ainda haja um número significativo de clientes para os gráficos da companhia. Por outro lado, a dona da família Galaxy poderia ter o fôlego renovado para tentar combater a Qualcomm e suas Adreno, ainda tidas como as melhores opções para quem gosta de jogar no smartphone.

Não há detalhes sobre qual geração da arquitetura RDNA seria utilizada, nem o nível de desempenho que poderíamos esperar, mas observar a Xclipse 920 — a primeira GPU da Samsung baseada em RDNA 2, equipada no Exynos 2200 — pode trazer algumas pistas. Se os resultados forem similares, teremos pontos positivos, mas uma série de pontos negativos, a começar justamente pelo desempenho.

A Xclipse 920 se mostrou promissora, mas não conseguiu competir com a Adreno 730 do Snapdragon 8 Gen 1, sua concorrente direta. Fora isso, o componente sofreu com a falta de otimizações em títulos populares, ampliando a margem de vantagem da Qualcomm. Ainda assim, caso consiga ajustar melhor a suposta Xclipse para celulares de entrada, a Samsung pode ter em mãos uma GPU muito promissora.

Testes mostraram que, quando há uso de Ray Tracing (a técnica avançada que simula em tempo real o comportamento da luz), o chip gráfico do Exynos 2200 supera com certa folga até mesmo a Adreno 740 do recente Snapdragon 8 Gen 2. Ter esse potencial em um chip mais acessível poderia abrir novas possibilidades aos celulares mais básicos e, com sorte, permitir que "celulares gamer" mais simples possam ser lançados.

Vale lembrar que outro rumor recente já indicou que o Google Tensor G3, processador que deve equipar a família Pixel 8 neste ano, poderia trazer uma GPU com arquitetura RDNA. A plataforma do Google seria baseada no Exynos 2300 — chip cancelado que poderia ter sido usado no Galaxy S23 — e ter o salto no poder gráfico como destaque.

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Com tudo isso em mente, não seria improvável vermos a Samsung levar a tecnologia do time vermelho aos Exynos de entrada, sendo uma forma de expandir sua parceria com a AMD enquanto não lança novas plataformas para modelos topo de linha.

Fonte: WCCFTech