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Intel afirma que linha Alder Lake será "momento AMD Zen" da empresa

Por| Editado por Wallace Moté | 06 de Setembro de 2021 às 09h26

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Divulgação/Intel
Divulgação/Intel
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A 12ª geração Alder Lake de processadores da Intel promete ser um momento de virada para a companhia. Além da litografia de 10 nm, ou Intel 7, as soluções serão baseadas em uma arquitetura híbrida, com núcleos de alto desempenho e de baixo consumo, podendo entregar performance até 60% superior que soluções equivalentes da AMD de acordo com vazamentos.

Essa não é a única novidade de peso sendo preparada pela gigante — a marca entrará no mercado de GPUs dedicadas para games no início de 2022 com a família Intel Arc, e pretende agitar a computação na nuvem e data centers com os próximos Intel Xeon Sapphire Rapids e Diamond Rapids. Caso as promessas se cumpram, a fabricante pode ao menos voltar a ser competitiva em todos os segmentos.

Essas promessas foram reforçadas pelo CEO da companhia, Pat Gelsinger, durante entrevista concedida ao analista financeiro Pierre Ferragu neste final de semana. Segundo o executivo, a família Alder Lake será o "momento AMD Zen" da Intel ao trazer três inovações ao mercado, enquanto as GPU Arc serão as primeiras da empresa a colocar pressão na Nvidia.

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Alder Lake será "momento AMD Zen" da Intel

Após anos apresentando soluções pouco eficientes e com alto nível de aquecimento, a AMD teve seu momento de virada quando anunciou a então inédita microarquitetura Zen com a linha Ryzen 1000. Investimentos constantes em Pesquisa e Desenvolvimento trouxeram a companhia à liderança de desempenho, ao menos em desktops e data centers, com as aclamadas famílias Ryzen 5000 e EPYC Milan, e a microarquitetura Zen 3.

Questionado se a Intel teria "o seu momento AMD Zen", Pat Gelsinger indicou que esse momento chegará justamente com a 12ª geração Alder Lake. O executivo apontou como a Intel está trazendo três grandes inovações ao mercado nos segmentos de processamento: a arquitetura híbrida, as novas microarquiteturas para GPUs dedicadas e as Infrastructure Processing Units (IPUs) para data center, que aceleram alguns processos de rede para aliviar o estresse na CPU.

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Teremos uma versão de alto desempenho e uma versão de maior eficiência dos núcleos, bastante atraentes, [...] temos nossa arquitetura de GPU em que assumiremos uma posição para realmente colocar pressão na Nvidia pela primeira vez. E estabeleceremos nossa arquitetura de IPU quando lançarmos nossos SmartNICs e estruturas de rede inteligentes então [tivemos] três grandes anúncios arquitetônicos nesta semana que acreditamos ser bem ao estilo Zen — Pat Gelsinger, CEO da Intel

Gelsinger indica que a Intel ainda tem mais algumas surpresas sendo preparadas que representarão "um enorme avanço" e estarão "bem à frente de tudo que já foi falado", mas não chegou a comentar o que seriam exatamente essas novidades.

Intel Arc será primeira GPU da marca a pressionar a Nvidia

O CEO da Intel também destaca o lançamento das Intel Arc, de codinome Alchemist e baseadas na microarquitetura Xe-HPG voltada para games. Essa é a primeira vez que a companhia lançará GPUs dedicadas que prometem alto nível de competitividade com as duas gigantes do segmento, AMD e Nvidia. Gelsinger acredita que as Arc finalmente serão capazes de pressionar a Nvidia, atual líder em participação de mercado segundo pesquisa da Steam.

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Assim como no caso dos processadores Alder Lake, os vazamentos mostram números promissores: testes indicam que a versão mais poderosa do novo chip gráfico da empresa pode se posicionar entre a RTX 3070 e a RTX 3070 Ti, algo impressionante para uma iniciante no segmento.

Além disso, a solução de upscaling com Inteligência Artificial da companhia, o Intel XeSS, une o que seus concorrentes têm de melhor: aceleração de hardware em GPUs Intel, e compatibilidade com placas rivais.

Apesar disso, é preciso esperar a estreia da família Arc, marcada para o início de 2022, para de fato descobrirmos se a fabricante será capaz de acabar com o duopólio AMD-Nvidia, ou se drivers problemáticos, preço mal estabelecido ou até a escassez de semicondutores atrapalharão os planos da Intel.

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Retomada da liderança em data centers com Diamond Rapids

Ainda durante a entrevista, o chefe da gigante de Santa Clara dá mais detalhes do plano da empresa para o mercado de computação na nuvem e data centers, setor em que a fabricante perdeu bastante espaço para a AMD.

Gelsinger deixa claro que a empresa está ciente de estar atrás da rival AMD no momento, mas aposta as fichas nas próximas gerações de processadores Xeon. O CEO dá ênfase às famílias Sapphire Rapids, que adotará o processo Intel 7 e o uso de chips menores para compor a CPU completa, e Diamond Rappids, cujos rumores ainda desconhecem os detalhes, mas prometem que a novidade será uma revolução nos servidores.

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Outro destaque é a estratégia IDM 2.0, em que a Intel passará a fabricar chips para outras empresas, como a Qualcomm, e estabelecerá parcerias com rivais como a TSMC para produção das próprias soluções. O executivo afirma que a ideia é produzir o melhor produto possível, mesmo que seja necessário utilizar tecnologia de concorrentes.

Fonte: WCCFTech, Tech Radar