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Apple M2 é anunciado com promessa de até 35% mais desempenho que o M1

Por| Editado por Wallace Moté | 06 de Junho de 2022 às 18h20

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Renan da Silva Dores/Montagem Canaltech
Renan da Silva Dores/Montagem Canaltech
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Durante a WWDC 2022 realizada nesta segunda-feira (6), a Apple anunciou o M2, primeiro chip da segunda geração do Apple Silicon. Substituto do M1 mais básico, destinado a aparelhos como os MacBooks de 13 polegadas e futuros iPads, o componente mantém o foco na eficiência energética enquanto traz CPU renovada, GPU com maior contagem de núcleos, motores de IA e mídia aprimorados, mais memória com maior largura de banda e desempenho até 35% melhor.

Nova CPU, GPU e memória turbinada

Como é costume nos anúncios de chips da Apple, os detalhes mais técnicos foram mantidos de fora, mas há uma quantidade razoável de informações que nos permitem ter uma ideia do que esperar do novo processador. Fabricado em uma litografia de 5 nm aprimorada "de segunda geração", o Apple M2 embarca 20 bilhões de transistores, 25% a mais que o M1 e seus 16 bilhões.

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A plataforma é liderada pela CPU octa-core reformulada, com 4 núcleos de alto desempenho e 4 núcleos de baixo consumo — o conjunto mais potente ganhou mais cache para aprimorar a quantidade de instruções realizadas sem ser necessário acessar a RAM, atingindo assim até 16 MB de cache, enquanto o grupo de maior eficiência foi bastante aprimorado, também recebendo mais cache para chegar aos 4 MB compartilhados.

A Apple aprimorou ainda de maneira significativa o sistema de memória unificada do componente, começando pelo novo controlador, que amplia em 50% a largura de banda frente ao M1 (100 GB/s contra cerca de 68 GB/s). Além disso, a capacidade aumentou drasticamente, chegando agora aos 24 GB LPDDR5, em uma interface de 128-bit.

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O aumento alivia uma das reclamações da geração anterior e dá mais margem para que usuários mais avançados e até mesmo profissionais com necessidades mais básicas possam utilizar dispositivos equipados com o M2 sem encarar engasgos ou recarregamento de aplicativos que haviam sido despejados da memória por falta de espaço.

Outra melhoria de peso está no processamento gráfico, responsabilidade da nova GPU de até 10 núcleos, 2 a mais que o M1. A gigante de Cupertino promete 25% mais desempenho que a geração anterior na mesma faixa de consumo, e 35% melhor performance quando o M2 é utilizado em sua faixa máxima de consumo. A solução se beneficia amplamente de maior quantidade de cache e do aumento significativo da largura de banda da memória.

O componente apresenta pico de poder computacional de 3,6 TFLOPs, salto de 40% sobre os 2,6 TFLOPs do M1, sendo pouco superior a uma Nvidia GeForce GTX 1650 para notebooks em teoria. Dito isso, é importante destacar que não é possível compará-las diretamente, já que as diferenças arquitetônicas e de software têm impactos maiores — é necessário aguardar por testes em uso real.

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Outros destaques do M2 incluem um Processador de Sinal de Imagem (ISP) renovado com melhorias na redução de ruído das câmeras, nova geração do motor Secure Enclave dedicado a criptografia e proteção dos dados, novo motor de mídia com suporte a vídeos em 8K com codecs H.264 e HEVC (H.265) e adição de motores ProRes para aceleração de hardware em programas que utilizem o codec proprietário da Apple, como o Final Cut Pro.

Fecha o pacote a nova Neural Engine para processamento de Inteligência Artificial, capaz de realizar 15,8 Trilhões de Operações por Segundo (TOPS), um ganho de 40% sobre a Neural Engine do M1, limitada a 11 TOPS.

Foco em performance com alta eficiência é mantido

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Durante a apresentação, a Apple reforçou seu compromisso em entregar alta eficiência energética com os chips Apple Silicon, mantendo o foco no menor consumo com o M2 sem abrir mão de alta performance. A empresa apresentou a tradicional bateria de gráficos pouco detalhados para comparar o lançamento a rivais da Intel, desta vez de maneira mais modesta — foram utilizadas as linhas de 15 W e 28 W do time azul, em vez da família de 45 W como feito com o M1.

Começando pelos ganhos de geração, a CPU do M2 entregaria 18% mais performance que a do M1 dentro do mesmo nível de consumo, acompanhando os ganhos de até 35% em GPU. As comparações partem então para performance contra um Samsung Galaxy Book 2 360 equipado com chip Intel Core i7 1255U, de 10 núcleos e 12 threads (2 P-Cores + 8 E-Cores) rodando a até 4,7 GHz em 15 W, e 16 GB de RAM.

Limitados ao mesmo nível de consumo, a plataforma estreante da Maçã apresentaria 90% mais potência de CPU. Os embates seguem com a adição de resultados do MSI Prestige 14 Evo, equipado com um Intel Core i7 1260P de 12 núcleos e 16 threads (4 P-Cores + 8 E-Cores) rodando a até 4,7 GHz em 28 W, acompanhado de 16 GB de RAM.

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Nesse cenário, o M2 em seu máximo (15 W) oferece o mesmo nível de desempenho, mas consumindo 75% menos energia — o i7 1260P estaria operando a 35 W. O chip da Intel consegue ir além e entregar mais performance que o componente da gigante de Cupertino, mas em troca de ter o consumo desbloqueado para níveis mais altos, podendo atingir os 55 W segundo os gráficos da Apple.

Em processamento gráfico, novamente dentro da limitação dos 15 W, a GPU do M2 entregaria 2,3 vezes mais desempenho que a solução da Intel. Ao ser nivelado para apresentar performance equivalente à Iris Xe do i7 1255U, o novo chip da Apple consumiria 80% menos energia que o concorrente. Curiosamente, comparações com plataformas da AMD não foram feitas, especialmente os Ryzen 6000, que chamaram atenção pela eficiência e pelo poder da GPU integrada.

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Mais uma vez, é necessário destacar como os números mostrados são de resultados selecionados e extremamente nebulosos, sem apresentar dados importantes que nos tragam uma ideia melhor dos cenários utilizados pela Apple para os comparativos — nesse caso, também é preciso aguardar até que os chips sejam disponibilizados para review para sabermos como o M2 realmente se comporta frente aos rivais de AMD e Intel.

A nova geração do Apple Silicon iniciada com o Apple M2 chega ao mercado já no próximo mês, em julho de 2022, com o lançamento dos novos MacBook Air e MacBook Pro de 13 polegadas equipados com o chip — até lá, o componente deve começar a aparecer em bancos de dados de benchmarks, oferecendo amostras de sua capacidade.

Fonte: Apple