NFTs podem ser o futuro dos games, diz chefe da EA
Por Lucas Arraz • Editado por Bruna Penilhas |
Andrew Wilson, chefe da Electronic Arts (EA), defendeu durante uma teleconferência nesta semana que os NFTs e os games que pagam usuários para jogar, são “uma parte importante do futuro da indústria”. O executivo ponderou que ainda pode ser cedo para definir como será esse futuro, mas deixou claro que as grandes publicadoras devem entrar nesse negócio.
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As principais desenvolvedoras estão lentamente mergulhando nesse mundo de títulos do gênero "play-to-earn", ou “jogar para ganhar” em bom português. Nessa modalidade, os usuários colecionam itens que valem criptomoedas dentro de um jogo.
Esse é o conceito que define os chamados blockchain games, como Axie Infinity. Esse tipo de jogo utiliza a mesma tecnologia das criptomoedas e convida o usuário a colecionar e negociar itens gerados por NFT, que valem dinheiro de verdade. Vale notar que é um formato diferente do já comum "pay-to-win", o "jogar para vencer".
NFT é uma espécie de "cripto-colecionável" que vem ganhando espaço entre artistas, desenvolvedores de games e outros profissionais que lidam com trabalhos autorais. A sigla significa non-fungible token (em tradução livre, token não fungível) e se trata de um tipo de chave eletrônica criptográfica usada de forma única.
O dono de um NFT é proprietário de uma espécie de certificado de propriedade intelectual, o que garante sua autenticidade e unicidade. Em resumo, o NFT é algo que não pode ser trocado, devido suas especificações individuais, ao contrário de outros criptoativos, como Bitcoin, Ethereum e a maioria das criptomoedas. Em razão disso, esses ativos possuem valores indefinidos.
Esse tipo de tecnologia ainda é nova e permanece controversa. NFTs e criptomoedas têm sido apontados como vilões pelo enorme impacto ambiental que geram, devido ao consumo de energia associado à mineração.
A negociação desses ativos também permanecem sem regulamentação própria, o que torna a atividade perigosa, visto que serve como uma grande isca para a especulação. Um item raro conquistado em um jogo "play-to-earn" pode valorizar da noite para o dia e ser vendido por uma quantidade significativa de uma determinada criptomoeda, que seria trocada por moedas tradicionais.
Desenvolvedoras no play-to-earn
Além da EA, que pode adicionar itens com NFT e criar cartas exclusivas de jogadores com a tecnologia em FIFA, publicadoras como Ubisoft também ensaiam entrar nesse mercado.
A desenvolvedora de Assassin's Creed compartilhou os planos, em uma reunião com investidores, de introduzir NFTs e alavancar o blockchain em jogos futuros.
Fonte: Eurogamer