Funcionários acusam Activision Blizzard de reprimir união sindical
Por Felipe Goldenboy • Editado por Bruna Penilhas |

A Activision Blizzard foi processada mais uma vez: agora, por um grupo de funcionários autointitulado ABetterABK (Uma Melhor Activision Blizzard King, em tradução livre). A empresa é acusada de intimidar trabalhadores para que eles não se reúnam em uniões sindicais, após o processo de discriminação e de assédio sexual aberto em julho.
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As queixas relatam que, nos últimos seis meses, funcionários foram orientados a não discutirem com outros colegas sobre salários, horas e condições de trabalho, e também para não conversarem sobre os processos em andamento. A companhia também estaria vasculhando as redes sociais dos trabalhadores, aumentando a "vigilância" e os "interrogatórios".
“A administração da Activision Blizzard está usando táticas coercitivas para tentar impedir que seus funcionários exerçam seus direitos de se unirem e exigir um local de trabalho mais justo, sustentável e diversificado”, disse em comunicado a CODE-CWA (Campanha para Organizar Funcionários Digitais, em tradução livre), uma espécie de sindicato que abriu o processo com a ABetterABK.
A Activision Blizzard não se pronunciou sobre o caso. A empresa foi processada em julho pelo DFEH (Departamento de Emprego e Habitação Justos da Califórnia, em tradução livre) por manter uma cultura tóxica de fraternidade universitária, e pelos próprios investidores por esconder esses escândalos. Segundo relatos, essas denúncias foram escondidas por 20 anos, e a empresa também teria destruído algumas das provas.