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Qual é a verdadeira cor da Lua?

Por| Editado por Patricia Gnipper | 11 de Setembro de 2022 às 22h00

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Juhasz Imre/Pexels
Juhasz Imre/Pexels

Se você tem o costume de observar a Lua, já deve ter percebido que nosso satélite natural tem diferentes cores. Quando é vista durante o dia, a superfície lunar tem cor branca, mas, de noite, a Lua mostra tons mais amarelados. Então, ficamos com a seguinte pergunta: afinal, qual é a cor da Lua? E por que ela muda tanto?

Conforme a luz refletida pela Lua atravessa a atmosfera, as partículas do ar dispersam alguns comprimentos de onda. Isso acontece, por exemplo, quando a Lua ainda se encontra baixa no céu: enquanto ela está próxima do horizonte, a luz solar refletida por ela atravessa um caminho mais longo pela atmosfera terrestre. Nisso, a luz azul do espectro eletromagnético é mais dispersa, mas a vermelha, não.

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Isso faz com que a Lua fique com aparência avermelhada conforme nasce. Mas, enquanto sobe pelo céu, a luz refletida encontra cada vez menos atmosfera, o que confere a cor amarelada. Já a cor branca da superfície lunar observada durante o dia ocorre porque a luz refletida por nosso satélite natural está “competindo” com a luz solar, que também é dispersa pela atmosfera.

Qual é a cor da Lua?

Como você deve ter percebido, a Lua tem várias cores em sua superfície, e o melhor jeito de observar as “verdadeiras” cores é por meio de fotos tiradas do espaço, sem a interferência atmosférica. Nestas fotos, fica mais fácil perceber que nosso satélite natural é cinza escuro, às vezes com tons de branco, preto e até laranja. Mas, de forma geral, as áreas mais claras da Lua são as planícies, ricas em cálcio e com baixa quantidade de cálcio.

Já as regiões escuras da Lua são os chamados “mares lunares”, formações geológicas que levam o termo em latim para “mar”. Eles foram criados por antigas erupções vulcânicas e impactos de meteoritos, e como refletem menos luz do que as planícies lunares, parecem ser mais escuros para nossa visão.

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Os mares lunares contêm altas concentrações de óxido de ferro, enquanto os basaltos deles apresentam alta concentração de óxido de titânio, composto que causa cor azulada. Mare Sereniatis tem centro em tons que lembram o marrom, que são mais “quentes” do que aqueles de Mare Tranquillitatis, com cores mais escuras e azuladas.

Vale lembrar que há fotos da Lua que, graças a técnicas de processamento digital, ficaram com cores variadas e mais exagerados do que são naturalmente. Apesar de não corresponderem às cores naturais da Lua, estas mudanças de cor por meio do processamento são necessárias para os cientistas mapearem a geologia da superfície lunar, identificando as variações dos compostos ali.

Por que a cor da Lua muda?

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Embora a Lua tenha tons de cinza misturados a outras cores, a atmosfera terrestre pode proporcionar algumas cores bem interessantes para nós, que a observamos da superfície da Terra. Graças à dispersão da luz nas moléculas da atmosfera, que explicamos acima, podemos ver a Lua em tons de azul, marrom, amarelo, laranja e até vermelho.

Estas outras cores da Lua aparecem na composição abaixo:

Esta sequência de fotos foi produzida por Marcella Giulia Pace, astrofotógrafa que registrou a Lua por mais de 10 anos em diferentes lugares na Itália. A Lua azulada é mais rara, e ocorre quando é observada com a presença de partículas de poeira de maior dimensão na atmosfera da Terra, enquanto a lilás pode ser o resultado de uma combinação de diferentes efeitos.

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Repare também que a espiral de fotos termina com a Lua avermelhada, ocorrida durante um eclipse lunar total. Durante o fenômeno, o Sol e a Lua ficam em lados opostos em relação à Terra, de modo que nosso planeta bloqueia parte da luz solar incidindo sobre a Lua. Assim, a atmosfera filtra a luz, conferindo a cor avermelhada que rendeu o famoso apelido “Lua de Sangue”.

Fonte: Universe Today, NASA, ZMEScience