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O que é eclipse lunar?

Por| Editado por Patricia Gnipper | 10 de Novembro de 2021 às 20h40

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twenty20photos/Envato
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Eclipses lunares acontecem com certa frequência, podendo ser observados de maneira diferente a depender de onde você estiver no globo terrestre. Ora parciais, ora totais, ora visíveis em sua plenitude, ora não visíveis para certa região, é fato que eclipses da Lua fascinam a humanidade. Mas o que é um eclipse lunar, exatamente? Como ocorre um eclipse lunar? E quais os tipos de eclipses lunares existentes? Explicamos tudo nesta matéria!

O que é eclipse lunar

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Resumidamente, um eclipse é quando um objeto “atrapalha” momentaneamente a luz vinda de sua estrela. Aqui na Terra, existem dois tipos de eclipses: solares e lunares. No eclipse solar, a Lua bloqueia a luz do nosso Sol enquanto passa à frente da estrela a partir do nosso ponto de vista. No eclipse lunar, é a Terra que passa entre o Sol e a Lua, gerando uma sombra nela.

Para exemplificar, imagine que você está acomodado na poltrona de um cinema, assistindo à grande atração cinematográfica do ano. Porém, alguém passa em frente ao projetor, bloqueando a luz momentaneamente. Tudo o que você vê nesse instante é a sombra da pessoa que arruinou sua experiência no clímax do filme. É mais ou menos isso que acontece no eclipse lunar — mas há outros detalhes interessantes em jogo.

Como ocorre um eclipse lunar

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Primeiro, é importante explicar que o brilho da Lua é apenas a luz do Sol sendo refletida na superfície lunar. Nosso satélite natural não gera luz própria — é o regolito, material que recobre sua superfície, o responsável por refletir os raios solares, fazendo com que a Lua apareça iluminada para nós. E, quando a Terra passa entre Lua e Sol, nosso planeta projeta uma sombra na superfície lunar, ocultando parte dela temporariamente.

Um eclipse lunar total ocorre quando toda a superfície da Lua é envolvida pela sombra da Terra. Nesses casos, a Lua fica por cerca de uma hora na escuridão, mas o processo do eclipse como um todo pode levar várias horas. Mas como assim "o processo como um todo"? É que nosso planeta pode projetar sobre a Lua dois “tipos” de sombras diferentes: a umbra (interna e mais escura) e a penumbra (externa e mais clara).

Durante um eclipse lunar, você sempre verá o nosso satélite natural — ele nunca desaparece por completo no céu. Ao longo do evento, você pode acompanhar a sombra de nosso planeta se espalhando pela face visível da Lua e, se for um eclipse total ou parcial, essa sombra parecerá escura e avançará, até que cubra completamente o luar. Então, durante o ápice do fenômeno, a sombra mudará repentinamente para adquirir um tom avermelhado. Mas por que isso acontece?

O motivo não está na Lua, e sim na Terra. É que, no pico do eclipse, a Terra fica diretamente entre o Sol e a Lua, mas isso não é o suficiente para bloquear 100% dos raios solares. Em vez disso, parte da luz do Sol atravessará nossa atmosfera e atingirá a Lua. No processo, as moléculas dos elementos que compõem a atmosfera terrestre filtram alguns comprimentos de onda da luz, enaltecendo o tom de vermelho. Se não houvesse uma atmosfera aqui, pode ser que a Lua ficasse até invisível durante os eclipses. Mas, como a Terra reflete alguma luz solar em direção à Lua, acaba deixando ela um pouco iluminada mesmo durante um eclipse.

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Tipos de eclipse lunar

Existe o eclipse lunar penumbral, em que o Sol, a Terra e a Lua estão quase alinhados na ordem correta para um eclipse, mas não totalmente. A posição um pouco desalinhada faz com que a Lua fique sob uma sombra mais fraca, por assim dizer. A luz do Sol não chegará em sua totalidade até a Lua porque será bloqueada parcialmente pela Terra. Essa sombra externa “mais ou menos” escura é conhecida como zona de penumbra. Pode ser que você nem perceba que um eclipse desse tipo está acontecendo porque a Lua apenas fica um pouco mais escura que o normal.

Já os eclipses total e parcial acontecem quando a Lua se move para a umbra, a sombra mais escura que a Terra consegue projetar ao bloquear a luz do Sol. A única diferença entre os dois é que, no eclipse parcial, apenas uma parte do nosso satélite ficará coberto pela sombra terrestre, enquanto que, no total, toda a Lua fica encoberta por essa sombra.

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Ah! É preciso ter cuidado para não confundir o eclipse penumbral com o parcial — no primeiro caso temos uma penumbra da Terra sobre a superfície lunar; o segundo envolve uma parte da Lua na umbra.

Sendo assim, o eclipse lunar total acontece quando toda a superfície da Lua está sob a umbra. Esses são os eclipses mais avermelhados e “dramáticos”, porque nosso satélite muda de Lua Cheia brilhante para adquirir o típico aspecto rubro. Aliás, por falar na Lua Cheia, já percebeu que todos os eclipses acontecem nessa fase lunar? É porque é somente durante sua fase cheia que ela está completamente alinhada com a Terra em relação ao Sol.

Outra curiosidade é que o eclipse total ou parcial ocorre em raras ocasiões, embora a Terra fique entre a Lua e o Sol muitas vezes ao ano (em toda Lua Cheia, na verdade). Mas nem sempre isso gera um eclipse porque existe uma inclinação de 5º na órbita lunar em relação à órbita de nosso planeta ao redor do Sol. Por isso, na maioria das vezes em que o “alinhamento” ocorre, a Lua está mais acima ou mais abaixo da sombra da Terra — ou seja, a Terra acaba não projetando sua sombra na superfície lunar.

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Para ocorrer o eclipse lunar, portanto, é preciso que o nosso satélite natural esteja alinhado com a órbita eclíptica do planeta ao redor do Sol, o que é bem esporádico. Mas não é algo tão raro assim: pelo menos dois eclipses lunares parciais acontecem a cada ano, enquanto os eclipses lunares totais demoram um pouco mais para ocorrer.

Qual a diferença entre eclipse lunar e eclipse solar

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A diferença entre os eclipses solares e lunares não é nenhum mistério. No eclipse lunar, é a Terra que passa entre o Sol e a Lua, projetando uma sombra nela. Já no eclipse solar, é a Lua que passa entre a Terra e o Sol, "tapando" nossa visão do astro durante esse trânsito.

Também existem diferentes tipos de eclipses solares, como o eclipse total, o parcial e o anular. Este último, por sinal, é quando a Lua está mais distante da Terra em comparação à distância em que ela se encontra durante os eclipses solares totais. Com essa distância maior, a Lua fica com um diâmetro aparente menor, na nossa perspectiva, e não consegue cobrir o Sol por completo.

O resultado é um "anel de fogo" no céu, que aparece quando a Lua está posicionada dentro do círculo solar, mas com as bordas de nossa estrela "engolindo" nosso satélite natural.

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Fonte: NASA (1, 2, 3), EarthSky