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NASA receberá US$ 760 mi a menos que o solicitado para novo ano fiscal

Por| Editado por Patricia Gnipper | 10 de Março de 2022 às 15h57

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O orçamento da NASA neste ano poderá receber um pouco mais de US$ 24 bilhões. O projeto de lei de gastos para este ano fiscal foi concluído nesta quarta-feira (9) com US$ 1,5 trilhão alocado para o governo dos Estados Unidos. Se aprovado, destinará à agência espacial norte-americana US$ 760 milhões abaixo do que havia sido solicitado pelo presidente Joe Biden.

Antes, a NASA havia solicitado US$ 24,8 bilhões, mas acabou recebendo somente US$ 23,2 bilhões no ano fiscal de 2021. Desta vez, o maior corte orçamentário ocorreu na diretoria de tecnologias espaciais. Inicialmente, a administração esperava US$ 1,4 bilhão para essas tecnologias, mas o projeto reuniu o fundo de apenas US$ 1,1 bilhão, o mesmo valor do ano passado.

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A diretoria de ciências espaciais também foi duramente afetada pelo orçamento proposto. Um relatório foi publicado junto da proposta de lei, e trouxe algumas mensagens ambíguas sobre o destino do observatório Stratospheric Observatory for Infrared Astronomy (SOFIA), o qual a NASA considerou aposentar durante a solicitação orçamentária. “O acordo traz todas as recomendações para Astro2020”, dizia o documento.

Esta é uma menção ao levantamento de propostas de astrofísica para a próxima década, que recomendou que a NASA encerrasse o programa em função de altos custos operacionais e produtividade científica modesta. Mesmo assim, o relatório alocou US$ 85,2 milhões para o SOFIA manter suas operações neste novo ano fiscal.

Vale lembrar que, por enquanto, o projeto de gastos coletivos não é uma lei propriamente dita. A proposta ainda precisa passar pela Câmera dos Representantes dos Estados Unidos e o Senado, que deve aprová-la para somente depois ser analisada pelo presidente Joe Biden. Como a resolução atual responsável por financiar o governo expira nesta sexta-feira (11), haverá alguma pressão para a análise do projeto.

Programa Artemis no novo ano fiscal

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O projeto de lei de gastos pretende destinar US$ 1,19 bilhão para o programa Human Landing System (HLS), que desenvolverá uma versão do veículo Starship, da SpaceX, para criar um lander comercial tripulado, que será usado no programa Artemis e missões futuras. O valor é o mesmo que havia sido solicitado pela NASA.

A lei não exige que a agência espacial selecione um segundo lander tripulado para o programa de exploração lunar — um cenário oposto àquele que a Blue Origin, empresa fundada por Jeff Bezos, tentou alcançar através de processos e disputas jurídicas no ano passado. Mesmo assim, a NASA deverá elaborar um relatório descrevendo como planeja garantir a segurança, competitividade e redundância no programa do HLS. O documento deverá ser finalizado em até 30 dias após a aprovação da lei.

Por fim, o projeto destina US$ 101,1 milhões para o desenvolvimento de iniciativas comerciais na órbita baixa da Terra, um programa que dá apoio ao trabalho em estações espacias comerciais sucessoras da Estação Espacial Internacional. Contudo, o relatório restringiu os fundos destinados a programas específicos, como o HLS, a estação Gateway e outras iniciativas, para 40% dos recursos alocados até a NASA enviar ao Congresso um plano detalhado do programa Artemis.

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Este plano deverá conter o cronograma dos lançamentos do foguete Space Launch System para a construção da estação Gateway, outras iniciativas científicas na Lua e o início de parcerias com entidades comerciais, voltadas para novas missões na órbita baixa da Terra e pousos tripulados e de rovers na Lua. A limitação do financiamento não será aplicada para os programas do SLS, da cápsula Orion e para o Exploration Ground Systems Program (EGS).

Fonte: SpaceNews; Via: Space.com