NASA adia Programa Artemis e retorno à Lua fica para 2025 (ou depois)
Por Danielle Cassita • Editado por Patricia Gnipper |
A NASA segue trabalhando a todo vapor no programa Artemis, para levar novos astronautas à superfície da Lua. A ideia era que isso acontecesse em 2024, mas, devido a uma série de obstáculos, a agência espacial precisou mudar de planos. Segundo informações dos oficiais da NASA divulgadas nesta terça-feira (9), o pouso lunar precisará ser adiado em pelo menos um ano e não ocorrerá antes de 2025.
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De acordo com Bill Nelson, administrador da agência espacial, o pouso acontecerá a partir de 2025 em função de fatores diversos, como o processo judicial movido pela Blue Origin e motivado pelo desenvolvimento do lander que levará os astronautas à superfície da Lua, além de atrasos relacionados ao desenvolvimento da cápsula Orion. “Nós perdemos quase sete meses com litígios, e isso provavelmente adiou o primeiro pouso tripulado para não acontecer antes de 2025”, disse ele.
Segundo Nelson, a NASA ainda entrará em contato com a SpaceX, empresa responsável pelo lander, para elaborar um cronograma mais preciso. Esta foi a primeira vez em que a agência espacial reconheceu publicamente que não seria possível lançar a missão tripulada para um pouso na Lua em 2024, ano proposto pelo governo do ex-presidente Donald Trump — o vice-presidente Mike Pence, da gestão de Trump, declarou que “a primeira mulher e o próximo homem norte-americano deveriam ir para a superfície lunar por todos os meios necessários”.
Apesar de o governo do atual presidente Joe Biden dar apoio à data, a equipe de transição presidencial reconheceu que este não era um prazo realista. Em paralelo, a NASA vem enfrentando obstáculos políticos e técnicos enquanto tentava cumprir o objetivo — um deles foi o longo processo jurídico envolvendo a Blue Origin, empresa fundada por Jeff Bezos, e o contrato para a construção do lander lunar. Embora tenha saído vitoriosa, a agência espacial precisou pausar o desenvolvimento do lander lunar por meses enquanto o processo se desenrolava na Justiça.
Fonte: NY Times