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Blue Origin processa NASA por contrato de lander lunar com a SpaceX

Por| Editado por Patricia Gnipper | 16 de Agosto de 2021 às 13h45

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Blue Origin
Blue Origin

O embate entre a Blue Origin e a NASA, causado pelo contrato para o desenvolvimento do lander que levará astronautas à superfície lunar, acaba de ganhar mais um capítulo. A empresa fundada por Jeff Bezos protocolou um processo no Tribunal de Ações Federais dos Estados Unidos, que, basicamente, contesta a decisão da agência espacial de ter fechado o contrato do lander com a SpaceX. O processo é coberto por uma ordem de proteção e pode representar mais um atraso para o tão esperado pouso lunar em 2024.

Além de desafiar novamente a escolha, o novo processo refuta também a “avaliação ilegal e imprópria da NASA de propostas submetidas para o HLS”. A nova ação da Blue Origin é mais um resultado de um programa iniciado em 2019, através do qual a NASA selecionou a SpaceX, Blue Origin e Dynetics para criar um protótipo do Human Landing System (HLS), módulo lunar que levará astronautas à superfície lunar. A Blue Origin entrou na jogada com o projeto Blue Moon, e a SpaceX com o Starship. No início de 2021, a agência espacial comunicou que selecionou o projeto da SpaceX em função de restrições orçamentárias.

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A Blue Origin não gostou da decisão e, cerca de duas semanas após o anúncio da NASA, a empresa protocolou um protesto no Government Accountability Office (GAO), onde argumentou que a NASA deveria ter cancelado ou alterado os termos do programa quando soube da situação do orçamento. Além disso, a empresa de Bezos também alegou que a negociação com a SpaceX foi injusta, porque não teria dado as mesmas oportunidades às demais empresas que disputavam o contrato. No fim das contas, o GAO rejeitou os argumentos.

Desde então, a Blue Origin fez diversas declarações sarcásticas em relação ao resultado do tribunal, afirmando várias vezes que o Starship, da SpaceX, era um sistema ineficiente. “Permanecemos firmes em nossa convicção de que houve problemas fundamentais na decisão da NASA, mas o GAO não conseguiu resolvê-los em função de sua jurisdição limitada”, disse a empresa em um comunicado publicado após a decisão. Embora a escolha da NASA tenha sido considerada justa e legal, o protesto resultou na suspensão do desenvolvimento do lander por mais de 90 dias devido ao período de análise do GAO.

Agora, com esse novo processo da Blue Origin, outro atraso poderá acontecer: a empresa alertou o tribunal sobre a ação judicial e solicitou que o juiz ordenasse uma pausa no contrato com a SpaceX durante o julgamento do caso. Caso o pedido de suspensão seja atendido, o contrato fechado com a empresa de Elon Musk poderá ficar pausado por ainda mais tempo — o que, como consequência, deverá afetar o cronograma para o pouso tripulado na Lua em 2024, que já enfrenta vários desafios para ser cumprido.

Fonte: The Verge