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Não, o chefe da NASA não sugere que OVNIs sejam alienígenas. Entenda a confusão!

Por| Editado por Patricia Gnipper | 27 de Outubro de 2021 às 14h19

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MasterTux/Pixabay
MasterTux/Pixabay
Tudo sobre NASA

O administrador da NASA, Bill Nelson, está "bombando" na mídia por ter comentado sobre os avistamentos de OVNIs reportados por e-militares dos EUA no início do ano. Infelizmente, ele não forneceu uma resposta definitiva sobre a questão (ao contrário do que algumas reportagens sensacionalistas fizeram parecer), nem compartilhou uma opinião muito precisa para a pergunta “aliens existem?” Mas isso não significa que ele seja um “cético” no assunto. Nós esmiuçamos a entrevista, disponível no YouTube, e o contexto você confere a seguir.

Na semana passada, o ex-senador americano da Flórida, nomeado em maio pela administração Biden para comandar a NASA, participou de uma conversa ao vivo sobre as políticas espaciais com o professor Larry Sabato. Vários assuntos foram abordados, como a missão DART, que tem o objetivo de demonstrar a capacidade da agência espacial estadunidense de desviar um asteroide de sua órbita.

A entrevista com Nelson foi uma discussão sobre a política espacial adotada pela NASA e incluiu uma sessão de perguntas e respostas com alunos da Universidade da Virgínia, da qual ele é ex-aluno. Ele abordou a relação da agência espacial com a China, o cronograma de pouso em Marte, a acessibilidade de futuras viagens espaciais, benefícios médicos que a exploração espacial pode trazer, entre outros assuntos.

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Em dado momento, Nelson tomou a liberdade de falar sobre vida extraterrestre, tema que ele próprio disse merecer ser discutido antes que a entrevista terminasse. Isso porque a própria NASA assume como uma de suas principais missões a busca por vida em outros planetas. “O que você acha que estamos fazendo em Marte? Estamos procurando vida”, disse. Este foi o tom do debate. Não se trata de acreditar ou não na existência de alienígenas — é uma investigação científica e, como tal, deve ser livre de viés ou crença pessoal.

Isso é importante, porque, para um administrador da maior agência espacial do planeta, não é surpreendente que alguns digam que avistaram OVNIs. Por outro lado, não é prudente dizer que acredita se tratar de alienígenas, por isso também não é interessante, do ponto de vista científico, noticiar as declarações com alarde (como se fosse uma pista de que a NASA tem algum tipo de prova que, por algum motivo, mantém em sigilo).

Os alunos perguntaram a Nelson sobre os avistamentos noticiados em abril e maio deste ano, e confirmados pelo Pentágono como verídicos. “Eu conversei com aqueles pilotos e eles sabem que viram algo”, respondeu. “Eles não sabem o que é. E não sabemos o que é. Esperamos que não seja um adversário aqui na Terra que tenha esse tipo de tecnologia. Mas é alguma coisa”, declarou.

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Nelson seguiu dizendo que a missão da NASA é descobrir não somente “quem está aí?”, mas também “quem somos nós”, como chegamos ao estágio atual de nossa civilização. “Essas mesmas condições existem em um universo que tem bilhões de outros sóis e bilhões de outras galáxias?”, provoca. Bem, se você perguntar a qualquer astrônomo, é muito provável que ele dirá algo parecido. Seria muito estranho se um único planeta em todo o universo fosse habitado.

Quando questionada sua crença pessoal sobre os OVNIs, Nelson se limitou a dizer: “Eu não sei. Minha opinião pessoal é que o universo é tão grande — e agora há teorias sobre outros universos! Se este for o caso, quem sou eu para dizer que o planeta Terra é o único local onde há uma forma de vida civilizada e organizada como a nossa?” Em outras palavras: todas as possibilidades apontam para um universo (ou vários) cheio de vida, mas ainda não há nenhuma evidência científica que nos permita dizer que sabemos algo sobre isso.

Logo após falar sobre teorias de outros universos, Nelson provocou uma reflexão sobre nosso papel aqui, na Terra. “Vou dizer o que me faz pensar. É melhor eu ser um melhor administrador daquilo que nós temos, porque estamos estragando tudo [a Terra] com o jeito que tratamos uns aos outros”. Talvez essa seja a principal mensagem de Nelson durante toda a sua entrevista, pois, se não cuidarmos bem da Terra, toda a busca por vida lá fora será em vão.

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Há décadas, cientistas enviam sinais e mensagens para o universo, na esperança de que haja alguém lá para ouvir. É possível que essas transmissões levem séculos, ou mesmo milênios, para chegar até uma civilização tecnológica capaz de decifrá-las. Também pode ser que eles estejam nos ouvindo, mas preferem se manter em silêncio. Há muitas hipóteses que tentam explicar “onde estão todos”, mas uma coisa é certa: nunca saberemos a resposta a essa antiga pergunta se não cuidarmos do nosso planeta, permitindo que ele seja destruído antes do aguardado "primeiro contato".

Para conferir a entrevista de Bill Nelson que embasa esta matéria, é só conferir o vídeo abaixo:

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Fonte: Universidade de Virgínia