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NASA adia missão que tentará desviar a órbita de um asteroide perigoso

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NASA/Johns Hopkins APL/Steve Gribben
NASA/Johns Hopkins APL/Steve Gribben
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A NASA anunciou uma mudança no cronograma da missão DART (Double Asteroid Redirection Test), decidindo que, em vez de aproveitar a janela de lançamento primária que se abre de julho a agosto deste ano, o lançamento irá ocorrer com a janela secundária, de 24 de novembro de 2021 a 15 de fevereiro de 2022. A mudança não deverá impactar a chegada da missão ao sistema de asteroides Didymos.

A DART é a primeira missão dedicada do programa de defesa planetária da NASA, que dá suporte a estudos que buscam formas de evitar que asteroides potencialmente perigosos atinjam a Terra. Assim, a ideia da missão é lançar a nave para colidir com a pequena lua Dimorphos, que orbita o asteroide Didymos, para mudar sua trajetória. A colisão irá causar uma explosão de energia equivalente a três toneladas de TNT, e é esperado que isso mude o período orbital de Didymos em cerca de 4 minutos. Se tudo correr bem, essa poderá se mostrar uma técnica valiosa para proteger nosso planeta no futuro.

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Parte dos motivos que levaram à decisão do adiamento envolve os impactos da pandemia do novo coronavírus e os dois componentes principais da nave. Um deles é o Didymos Reconnaissance and Asteroid Camera for Optical-navigation (DRACO), que vai precisar ser reforçado para resistir ao lançamento; já os painéis solares da nave, conhecidos como Roll-Out Solar Arrays (ROSA), tiveram atrasos em seu cronograma de entrega devido a problemas na cadeia de produção.

Thomas Zurbuchen, administrador associado da diretoria de ciência de missões na NASA, explica ter ficado claro que a DART não poderia ser lançada com segurança na janela de lançamento primária: “para garantir o sucesso da missão, a NASA orientou a equipe a buscar a oportunidade de lançamento mais próxima o possível na janela secundária, para haver mais tempo para testes com o DRACO e a entrega do ROSA, além de garantir um ambiente de trabalho seguro com a pandemia” disse.

A decisão não é exatamente uma surpresa, porque os oficiais da agência já sabiam da possibilidade de atrasos na missão. Cristina Thomas, uma das líderes das equipes de investigação da DART, comentou que, entre as pendências para a missão, ainda havia a entrega do DRACO e ROSA, além de testes ambientais e análises finais — os testes feitos com os equipamentos antes do lançamento são essenciais para garantir o sucesso da missão.

Fonte: NASA, SpaceNews