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O céu (não) é o limite | Nave de 1 km, asteroide recordista em velocidade e mais

Por| Editado por Patricia Gnipper | 28 de Agosto de 2021 às 20h00

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T. Budach/Pixabay/CTIO/NOIRLab/NSF/AURA/J. da Silva/NASA
T. Budach/Pixabay/CTIO/NOIRLab/NSF/AURA/J. da Silva/NASA

Chegou o dia de ficar por dentro das principais notícias da astronomia e da exploração espacial que "bombaram" nos últimos dias. Aliás, o tema da exploração foi destaque, com notícias sobre os robôs em Marte, o fim iminente do foguete Atlas V e o ambicioso projeto da China de criar uma nave espacial com nada menos que 1 km de extensão. Também ganharam destaque algumas novas tecnologias, como um pequeno satélite que conseguirá remover lixo espacial.

Confira!

Projeto de nave espacial da China com 1 km de extensão 

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A China planeja construir uma nave com 1 km de extensão e procura cientistas para descobrir maneiras de colocar esse plano para lá de ambicioso em prática. A nave provavelmente ficaria em órbita, como a Estação Espacial Internacional, e teria capacidade de armazenar muitos recursos, permitindo a estadia de astronautas durante períodos bem longos.

Devido às proporções, a nave gigante teria que ser construída com design modular — ou seja, vários "pedaços" seriam lançados ao espaço e montados por lá mesmo. Para ser viável, o projeto precisa de uma estrutura leve e controlável, que permita controle de deformação e de vibração. Isso ainda é apenas uma ideia, mas tudo indica que a China pretende levá-la adiante. Só para comparar, a Estação Espacial Internacional mede cerca de 110 m.

O asteroide que completa a volta mais rápida ao redor do Sol

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Astrônomos encontraram o objeto de órbita mais rápida já conhecido — ou seja, que completa uma volta ao redor do Sol em menor tempo. O asteroide 2021 PH27 tem período orbital de apenas 113 dias e é o segundo objeto de menor distância média do Sol em todo o Sistema Solar, perdendo apenas para Mercúrio. Com 1 km de diâmetro, o asteroide consegue uma aproximação com o Sol de até 0,13 unidades astronômicas (uma unidade astronômica corresponde à distância média entre a Terra e o Sol).

Ainda não se sabe ao certo de onde ele vem, mas é possível que ele tenha se formado no cinturão principal de asteroides, entre Marte e Júpiter. Outras pistas, como a alta inclinação orbital de 32 graus, sugerem que ele pode ter vindo de mais longe. Seja como for, seu destino pode levá-lo a uma colisão com Mercúrio, Vênus ou o próprio Sol daqui a alguns milhões de anos.

Viagem tripulada a Marte é possível desde que dure menos de 4 anos

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Astronautas poderão viajar em segurança para Marte, desde que algumas medidas sejam respeitadas, de acordo com um novo estudo. Um grupo internacional de cientistas concluiu que humanos devem conseguir viajar para o Planeta Vermelho se a blindagem da espaçonave tiver espessura suficiente para proteger a tripulação dos raios cósmicos.

Além disso, toda a viagem de ida e volta precisaria durar menos de quatro anos. A boa notícia é que, dependendo do momento do lançamento e da quantidade de combustível, é possível fazer a "tour" de ida e volta em menos de dois anos. Por outro lado, a necessidade de blindagem na espaçonave significa mais peso, mas ainda assim, em teoria, uma viagem dessas seria possível.

Experimento Dragracer desorbita satélite com "corda" 

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Um pequeno satélite equipado por um dispositivo em forma de fita deixou a órbita terrestre após queimar por apenas oito meses. Seu companheiro, um satélite semelhante, porém sem a fita, deve levar sete anos para cair na Terra. O experimento visa testar tecnologias que aceleram a descida de satélites inutilizados, com o objetivo de reduzir o acúmulo de lixo espacial na órbita terrestre.

A fita é liberada quando o satélite está pronto para sair de órbita e cria uma área de superfície adicional que interage com a atmosfera para gerar resistência. A tecnologia pesa apenas 1 kg, não consome muita energia e pode ser liberada remotamente por operadores em solo ou autonomamente pelo satélite que precisa descer da órbita.

Missão Tianwen-1 ficará "pausada" por 50 dias; o que se sabe até agora?

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O orbitador e o rover da missão chinesa Tianwen-1 ficarão "pausados", ou melhor, sem comunicação com a Terra durante 50 dias. É que, nesse período, entre o início de setembro e o fim de outubro, Marte e a Terra estarão em lados opostos do Sol, o que leva a uma interferência eletromagnética causada pela estrela nos sinais transmitidos de e para Marte.

A missão investiga a região Utopia Planitia, a maior bacia de impacto de Marte, formada durante o período Noachiano. Dados de diversas fontes já mostraram que a região é formada por um terreno plano, sem crateras de impacto evidentes, sugerindo que o interior da bacia passou bastante tempo apenas acumulando poeira. Além disso, há indícios que houve uma grande quantidade de gelo de água e materiais voláteis em Utopia Planitia, embora os dados de orbitadores não indiquem materiais líquidos. Isso pode ter ocorrido devido a limitações da cobertura espectral e poeira.

United Launch Alliance não vai mais comercializar o foguete Atlas V

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O foguete Atlas V, lançado pela primeira vez em 2002, teve seu destino decretado: ele será substituído pelo novo foguete Vulcan. Ainda resta uma série de lançamentos antes da aposentadoria de um dos veículos de lançamento mais importantes dos Estados Unidos, mas suas atividades devem encerrar em meados desta década.

Desenvolvido pela United Launch Alliance, o Atlas V foi crucial para as missões robóticas de Marte e lançamentos de satélites de segurança nacional dos EUA. O fim do programa significa também que os norte-americanos não devem mais adquirir os motores russos RD-180.

NASA espera que estações comerciais assumam o lugar da ISS após 2030

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A Estação Espacial Internacional (ISS) já é uma "anciã" e está caminhando para o encerramento de suas atividades. Enquanto as nações parceiras do laboratório orbital discutem o futuro de suas pesquisas no espaço, o administrador da NASA, Bill Nelson, disse que a agência norte-americana espera que estações comerciais assumam o lugar da ISS na próxima década.

Nelson também mencionou que, possivelmente, a NASA se encontra em uma corrida espacial com a China, que já tem sua própria estação em órbita. Além disso, a Rússia também parece ter planos de lançar seu próprio laboratório espacial. Por fim, ele acredita que a ISS dure até 2030. É possível que a ISS mantenha os parceiros atuais unidos por lá até o fim, mas, em seguida, as estações de companhias privadas podem dominar o cenário.

Satélite que remove lixo espacial é testado com sucesso na órbita da Terra

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Lançado em março deste ano, um pequeno satélite criado para ajudar a limpar o lixo espacial completou sua missão de teste com sucesso — e tudo isso na órbita terrestre. Ele conseguiu capturar um objeto simulado, completando a primeira fase de desenvolvimento da tecnologia. O satélite é acompanhado por um cubo com cerca de 14 kg, que, por sua vez, é equipado com uma placa magnética de acoplamento, responsável pela coleta de destroços.

O pequeno cubo foi liberado e recapturado algumas vezes, antes de ser lançado para longe do satélite. A manobra foi repetida várias vezes para testar e calibrar os sensores do sistema, que permitem uma aproximação segura para a captura do lixo orbital. Toda operação foi comandada a partir do centro de controle de solo da Astroscale, desenvolvedora da tecnologia.

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