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Experimento Dragracer desorbita satélite com "corda" em apenas oito meses

Por| Editado por Patricia Gnipper | 23 de Agosto de 2021 às 12h57

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Millennium Space Systems
Millennium Space Systems

No ano passado, a Millennium Space Systems, empresa subsidiária da Boeing, lançou o experimento Dragracer, que contava com dois satélites idênticos, com a única diferença de que um deles tinha um dispositivo em forma de fita. Assim, a ideia era verificar quando tempo cada um levaria para deixar a órbita. Agora, nesta segunda-feira (23), a empresa confirmou o sucesso do procedimento após a finalização da missão.

A fita que equipava um dos satélites, produzida pela Tether Unlimited, cria uma área de superfície adicional que interage com a atmosfera da Terra para criar resistência e, assim, permite que um satélite retorne para a Terra mais rápido. Assim, como resultado do experimento, o satélite com a fita queimou durante a reentrada após oito meses; em paralelo, aquele que não tem o dispositivo irá reentrar naturalmente após cerca de sete anos.

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A fita é liberada quando o satélite está pronto para sair de órbita. O experimento mostrou que a tecnologia funciona e que poderá ser mais uma ferramenta que ajudará a aliviar o congestionamento na órbita baixa da Terra, que já conta com inúmeros objetos e ainda vai receber outros milhares ao longo da próxima década. “O que provamos é uma forma de desorbitar satélites aposentados com segurança”, disse Patrick Kelly, gerente do programa Dragracer na Millennium Space.

Segundo Kelly, a tecnologia pesa apenas 1 kg, exige baixas quantidades de energia para ser implantada e pode ser liberada remotamente em solo ou autonomamente pela nave em questão. Além disso, o dispositivo pode ser adaptado para ser usado em naves maiores e precisaria apenas de uma área de superfície maior para criar resistência. "Você pode aumentar isso conforme for necessário", disse. A fita pode ser lançada remotamente do solo ou autonomamente pela nave, podendo ter grande utilidade principalmente para as empresas que estão implementando grandes constelações de satélites.

Fonte: SpaceNews