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O que já se sabe sobre a região marciana onde o rover chinês Zhurong pousou?

Por  • Editado por  Patricia Gnipper  | 

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China National Space Administration
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No ano passado, a China lançou a missão Tianwen-1 com destino a Marte, com o rover Zhurong pousando em maio de 2021 na superfície do Planeta Vermelho — especificamente, na região de Utopia Planitia. Agora, com dados de sensoriamento remoto obtidos por fontes variadas, o pesquisador Liu Yang, do Laboratório Estadual de Clima Espacial no Centro Nacional de Ciências Espaciais da Academia Chinesa de Ciências, vem avançando nos estudos geológicos do local. 

Utopia Planitia, a maior bacia de impacto de Marte, chega a 3.200 km de diâmetro e foi formada durante o período Noachiano. Os dados utilizados pela equipe liderada por Yang mostraram que a região é formada por um terreno plano, sem crateras de impacto evidentes. Isso sinaliza que o interior da bacia passou por um processo de transformação de longo prazo, que resultou em acúmulo de material no deserto na região norte. Formações geológicas em forma de crista, junto de cones côncavos, apareceram distribuídas a sudoeste da região estudada. 

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Além disso, as características geomórficas da região sugerem que grande quantidade de gelo de água e materiais voláteis ocorreram em Utopia Planitia — mas, por outro lado, os dados espectrais orbitais não indicaram materiais líquidos, e esses resultados podem ter relação com limitações da cobertura espectral e poeira. Já as crateras que indicam fluidos ejetados, junto das crateras com formações geológicas planas em seus arredores (apelidadas de "crateras panqueca") acompanhadas de outras formações, mostraram que ficam distribuídas principalmente ao meio, enquanto formas poligonais ficam na região nordeste. 

Com base neste estudo e em outros feitos anteriormente, a história da evolução geológica de Utopia Planitia mostra que a formação ocorreu no período noachiano, seguida do preenchimento de sedimentos e materiais vulcânicos. De qualquer forma, cargas úteis como espectrômetros e radares de penetração no solo, que equipam o Zhurong, irão coletar dados essenciais para a exploração da composição dos materiais e da superfície do local do pouso e, assim, desvendar melhor sua história.  

Fonte: 163.com