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Este asteroide é o objeto que completa a volta mais rápida ao redor do Sol

Por| Editado por Patricia Gnipper | 23 de Agosto de 2021 às 18h00

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CTIO/NOIRLab/NSF/AURA/J. da Silva
CTIO/NOIRLab/NSF/AURA/J. da Silva

Os astrônomos encontraram o asteroide que completa a volta mais rápida ao redor do Sol, com período orbital de apenas 113 dias. Isso significa que, durante um ano terrestre, o objeto 2021 PH27 terá completado um pouco mais de três voltas em torno da estrela. Além disso, ele é o segundo objeto de menor distância média do Sol em todo o Sistema Solar, perdendo apenas para Mercúrio.

Com 1 km de diâmetro, o asteroide consegue uma aproximação com o Sol de até 0,13 unidades astronômicas (uma unidade astronômica corresponde à distância média entre a Terra e o Sol). O 2021 PH27 está tão perto do campo gravitacional solar que experimenta os maiores efeitos relativísticos dentre todos os objetos conhecidos do Sistema Solar.

Assim como Vênus e Mercúrio, os asteroides que orbitam o Sol de perto são melhor observados logo após o pôr do Sol ou antes do nascer do Sol. Por isso, ele foi descoberto durante o crepúsculo do dia 13 de agosto, através da Dark Energy Camera (DECam), no Observatório Interamericano de Cerro Tololo ( CTIO ), Chile. O instrumento é usado para estudar aglomerados de galáxias massivas no universo local, mas os pesquisadores pararam o trabalho para “caçar” asteroides em nosso “quintal cósmico”.

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Após a descoberta, a equipe mediu a posição do asteroide e previu onde ele poderia ser observado na noite seguinte. Na noite do dia 14, outros telescópios entraram na “brincadeira”, enquanto astrônomos adiavam suas observações previamente programadas para espiar o novo objeto. “Embora o tempo do telescópio para os astrônomos seja muito precioso, a natureza internacional e o amor pelo desconhecido tornam os astrônomos muito dispostos a ignorar sua própria ciência e observações para acompanhar novas e interessantes descobertas como esta”, disse Sheppard, autor da descoberta do objeto.

Quanto à origem do asteroide, os astrônomos ainda não têm muita certeza, mas é possível que ele tenha se formado no cinturão principal de asteroides, entre Marte e Júpiter. Se este foi o caso, os distúrbios gravitacionais dos planetas internos acabaram “expulsando” o 2021 PH27 para mais perto do Sol. Por outro lado, sua alta inclinação orbital de 32 graus sugere que ele pode ter vindo de mais longe e acabou sendo capturado em uma órbita mais próxima ao passar perto de um dos planetas terrestres.

Seu destino também é incerto, já que sua órbita deve ser instável o suficiente para levá-lo a uma colisão com Mercúrio, Vênus ou o Sol daqui a alguns milhões de anos. Outra possibilidade é que ele seja ejetado do Sistema Solar. Se qualquer forma, a descoberta é uma ótima oportunidade de estudar asteroides próximos e atualizar o catálogo de objetos conhecidos — o importante para o “censo” que visa deixar a humanidade a par de todos os asteroides que possam se aproximar perigosamente do nosso planeta.

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Ainda não se sabe ao certo sobre sua composição e ele nem sequer ganhou um nome oficial. Infelizmente, teremos que esperar um pouco para que novas observações tragam mais respostas. É que o 2021 PH27 está agora entrando na conjunção solar, que é quando, do nosso ponto de vista, ele se move atrás do Sol. Isso torna inviável a observação, mas espera-se que ele volte para um local melhor no início de 2022. Quando isso acontecer, ele terá a chance de ter suas características definidas e de receber um nome oficial.

Fonte: NOIRLab