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Review Jeep Renegade Sport | Consumo é o grande inimigo

Por| Editado por Jones Oliveira | 22 de Janeiro de 2022 às 08h30

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Review Jeep Renegade Sport | Consumo é o grande inimigo
Review Jeep Renegade Sport | Consumo é o grande inimigo

O Jeep Renegade é um sucesso de vendas no Brasil, e os números estão aí para comprovar. O SUV foi o mais vendido do Brasil em 2021 e o terceiro carro mais vendido do país no ranking geral do ano passado, atrás somente do Fiat Argo e do Hyundai HB20.

A reportagem do Canaltech, que já havia passado uma semana avaliando a versão Moab, equipada com motor 2.0 turbodiesel e pegada off-road, também passou alguns dias a bordo da Sport, variante mais urbana do SUV.

As diferenças entre os modelos, se são praticamente imperceptíveis no visual — embora existam algumas —, ficam evidentes já na virada da chave no contato. O motor 1.8 flex do Renegade Sport, além de ser menos potente do que o da Moab, também é menos impactante ao ligar. E as diferenças não param por aí, como você verá na análise do Jeep Renegade Sport.

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Conectividade e Segurança

O Jeep Renegade Sport testado pelo Canaltech veio equipado com o pacote disponível na versão de entrada, STD, acrescido de uma série de opcionais, como câmera de ré, sistema multimídia de 7 polegadas com Bluetooth, comandos por voz, Apple CarPlay e Android Auto (via cabo), controle de rádio no volante, ar-condicionado digital Dual Zone e sensor de estacionamento traseiro.

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O computador de bordo também é interessante e mostra informações de consumo (médio e imediato), indicador de troca de marcha, previsão para a próxima revisão e outros pontos a respeito do funcionamento do veículo. O modelo ainda tem USB disponível para os ocupantes do banco traseiro, útil para quem precisa recarregar o celular.

Em termos de segurança, a variante Sport do Jeep Renegade peca por não disponibilizar airbags laterais, oferecendo o item apenas nas posições frontais, para motorista e passageiro. Pelo menos a versão também traz de série controle de tração e estabilidade, luzes de condução diurna, monitoramento de pressão dos pneus, assistente de partida em rampa, alarme antifurto periférico, sistema start/stop, freio de estacionamento eletrônico e assistente de partida em rampa.

Conforto e experiência de uso

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Como dissemos logo no início da análise, as diferenças entre as versões Moab e Sport do Jeep Renegade já começam ao girar a chave no contato. E continuam na hora em que o câmbio sai do “N” para o “D”. O motor menos potente (139 cv no etanol contra 170 cv no diesel) e o torque menor (19,3 kgfm x 35,7 kgfm) são sentidos quase que imediatamente.

O peso do SUV (1.393 kg) é muito superior à potência entregue pelo motor flex 1.8, tornando e a condução, que é tão agradável na versão Moab, acaba ficando bastante prejudicada. O carro até que se comporta bem de uma maneira geral, mas visivelmente “sofre” em determinadas situações, principalmente quando retomadas rápidas são exigidas.

Como precisa fazer um esforço maior para empurrar o Renegade Sport, o conjunto, que ainda conta com um câmbio automático de 6 velocidades (3 a menos do que na versão diesel) acaba gerando um consumo maior de combustível. E esse, sem dúvida, foi o ponto que mais jogou contra na avaliação do Canaltech, principalmente em tempos de combustível com preços tão elevados.

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A reportagem constatou, durante percurso puramente urbano, um consumo médio abaixo do previsto pelas medições do Inmetro. Enquanto o órgão aponta média de 6,7 km/l, a aferição do Canaltech registrou 4,8 km/l. Os números melhoraram um pouco quando o Jeep Renegade Sport foi submetido a uma rápida viagem até Jundiaí, no interior de São Paulo, subindo para 7,3 km/l no trajeto rodoviário, mais perto do número divulgado pelo Inmetro, que é de 7,4/l nessas condições.

Consumo elevado e pouca potência à parte, o SUV tem seus pontos fortes, como o silêncio da cabine, a boa suspensão e a dirigibilidade, mesmo não herdando a tração 4x4 da versão mais aventureira — ela é 4x2, com tração dianteira. O espaço interno também é excelente, já que tem as mesmas dimensões de toda a família, mas o porta-malas, mais uma vez, conta pontos contra, pois também carrega os mesmos 320 litros da variante Moab.

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Design e acabamento

O design do Jeep Renegade Sport é praticamente o mesmo que faz sucesso em todas as versões da família. A variante emprestada para a reportagem contava com bancos revestidos em couro — algo que é vendido como opcional, e sentimos falta na versão Moab —, maçanetas e retrovisores externos na cor preta, rodas de liga leve de 17 polegadas, revestimento externo nas colunas das portas e rack de teto na cor preta.

Por dentro, o acabamento apresentou os mesmos pontos negativos da Moab, principalmente no tangente ao uso excessivo de plástico duro nos painéis e nas portas do SUV.

Pontos positivos para o porta-celular e o porta-óculos, além de um pequeno compartimento abaixo do painel, perfeito, por exemplo, para guardar o controle remoto do portão da garagem.

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Concorrentes

A lista de concorrentes do Jeep Renegade Sport 1.8 flex tem, além das versões de entrada do Volkswagen T-Cross, do Hyundai Creta, do Chevrolet Tracker e do Honda HR-V, os modelos Duster e Captur da Renault.

Logo de saída, dá para afirmar que o consumo e a falta de potência do motor podem ser considerados pontos negativos no comparativo com os SUVs rivais, e que ocupam faixa de preço similar. O HR-V em sua versão ELX, dotada do mesmo motor, por exemplo, teve desempenho melhor e menor consumo de combustível.

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A vantagem que o modelo da Jeep leva, sem dúvida, é o visual distinto, talvez um dos motivos que expliquem o enorme sucesso de vendas desde que a primeira versão foi lançada no Brasil em 2015.

Veredicto

Diante de tudo o que foi dito em nossa análise, o que dá para dizer sobre o Jeep Renage Sport? O modelo, quando comparado a veículos de diferentes categorias, hoje com preços beirando ou até ultrapassando a casa dos R$ 100 mil, tem enormes benefícios.

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Além do design arrojado, a segurança e o conforto de um SUV são incomparáveis com modelos mais simples de carros. A variante testada pelo Canaltech custa, hoje, a partir de R$ 112 mil. No comparativo com os rivais diretos, no entanto, fica a sensação de que o sucesso da versão, responsável pela maior parte das vendas do modelo, talvez tenha prazo para terminar.

No Canaltech, o Jeep Renegade Sport 1.8 Flex foi avaliado graças a uma unidade gentilmente cedida pelo Grupo Stellantis.