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Review Jeep Renegade Moab | O mais selvagem da família

Por  • Editado por Jones Oliveira | 

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Review Jeep Renegade Moab | O mais selvagem da família
Review Jeep Renegade Moab | O mais selvagem da família

Antes de qualquer especificação, opinião ou informação sobre o Renegade Moab, vamos quebrar o protocolo das análises do Canaltech para uma rápida explanação. Você que está lendo este conteúdo sabe o porquê de a Jeep ter escolhido o nome Moab para batizar uma das variantes do Renegade? Não? Então, vamos lá.

A palavra Moab tem duas explicações, ambas capazes de se encaixar no que motivou os executivos da marca a adotarem esse nome, mas apenas uma é verdadeira. A primeira é que a sigla Moab é a abreviação de Mother of All Bombs, ou, em bom português, "Mãe de todas as bombas".

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Quem já teve o prazer de dirigir esta versão do Renegade pode até pensar que essa foi a razão, já que seu motor 2.0 turbodiesel é realmente tão potente quanto uma bomba — e o mais forte disponível entre todas as versões. Mas a razão do nome não é essa.

Moab, na verdade, foi pensado pelos executivos da Jeep para homenagear o deserto de Moab, localizado na região de Utah, nos Estados Unidos, e que é usado pela marca como campo de testes para os carros antes de eles chegarem ao mercado. A campanha de lançamento desse SUV, inclusive, foi gravada lá e intitulada “O Mais Selvagem dos Renegades”.

Agora que você já aprendeu a origem do nome, podemos dar sequência ao review propriamente dito. A reportagem do Canaltech passou uma semana com o Jeep Renegade Moab e colocou à prova o slogan da campanha do SUV. E aí? Será que o Moab é mesmo “o mais selvagem dos Renegades”? É isso o que vamos mostrar a seguir.

Conectividade e segurança

O Jeep Renegade Moab tem seu lado selvagem como ponto principal, mas a veia tecnológica não foi esquecida na construção do SUV. O pacote disponibilizado pela montadora em termos de conectividade e segurança é bastante completo e capaz de suprir o que os proprietários precisam.

A variante Moab sai de série com central multimídia Uconnect de sete polegadas, compatível com Android e iOS via cabo, duas entradas USB, ar-condicionado dual zone, sensor de estacionamento traseiro, câmera de ré, faróis de neblina, assistente de frenagem em ladeira e seletor de modos de condução off-road com cinco opções: Auto, Neve, Areia, Lama, Pedra (automático, neve, areia, lama, pedra), mais 4×4 Low, 4×4 Lock (bloqueio de diferencial).

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A lista poderia ser mais completa e incluir, por exemplo, faróis Full LED, sensores crepusculares e de chuva, airbags laterais ou paddle shift para a troca de marchas no volante, mas quem busca por um carro com espírito aventureiro (e não quer pagar tão caro) talvez não se incomode com as ausências desses itens, que existem na versão topo de linha com motor a diesel, a Trailhawk.

Conforto e experiência de uso

Chegamos ao ponto alto do Jeep Renegade em sua versão Moab. Dirigir a variante de entrada com motorização a diesel foi um verdadeiro prazer. Apesar de não ter conseguido vivenciar a experiência completa, ou seja, entrar com o carro no barro e na lama, o comportamento do carro em perímetro urbano foi surpreendentemente agradável.

Apesar da robustez, o Jeep Renegade Moab é excelente para andar na cidade. O motor 2.0 turbodiesel de 170 cavalos, aliado ao torque de 35,7 kgfm, à direção elétrica e ao câmbio automático de 9 velocidades, faz com que a tocada seja ágil nas saídas e nas retomadas, apesar de se tratar de um veículo de 1.627 quilos.

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E o mais legal: quando o SUV está parado, não fica “tremendo”, como alguns outros modelos movidos a diesel costumam fazer. O isolamento acústico, aliás, também merece nota alta, pois o som pouco chega na cabine.

O motor a diesel, aliás, deu à variante Moab do Jeep Renegade mais uma vantagem em relação aos “irmãos” com motores flex: o consumo. Durante a semana que passou com a reportagem do Canaltech, o SUV apresentou média de 11,3 km/l exclusivamente em perímetro urbano, acima até da aferição do Inmetro, que aponta média de 9,4 km/l.

Segundo a ficha técnica fornecida pela montadora, o Jeep Renegade Moab acelera de 0 a 100 km/h em 9,9 segundos e é capaz de alcançar velocidade máxima de 190 km/h.

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Design e acabamento

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Nem tudo é motivo de elogios para o Jeep Renegade Moab. O ponto a ser criticado é o acabamento. O excesso do uso de plástico duro no interior, os bancos de tecido e uma central de especificações mais modestas do que a de outros modelos da linha (7 polegadas contra 8,4) são apenas alguns exemplos de itens que mereciam um carinho maior.

Ah, e não dá para esquecer de mencionar (e criticar) o porta-malas, que tem capacidade de apenas 320 litros. O tamanho é similar ao encontrado em modelos bem menores, como o Renault Sandero. Ponto negativo para a marca.

O design, por sua vez, não decepciona. O Jeep Renegade Moab tem o nome grafado na lateral dianteira e no porta-malas. Há ainda dois ganchos para engate na parte dianteira e um na traseira para o SUV fazer jus ao visual aventureiro.

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As rodas são de 17 polegadas, com pneus de uso misto, um casamento perfeito com os ângulos de ataque de 30 graus, e de saída de 33 graus. A altura do solo é de 21,6 cm, suficiente para dar aos ocupantes uma sensação de segurança e imponência em meio aos outros carros no trânsito.

O SUV da Jeep na versão Moab é disponibilizado somente em cinco cores: Verde Recon, Branco Ambiente, Prata Billet, Preto Carbon e Cinza Antique, como a que passou um tempo conosco para análise.

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Concorrentes

Apesar de não serem dotados de motor a diesel, os principais concorrentes do Jeep Renegade Moab no mercado, tanto pelo que se propõem a fazer quanto pela faixa de preço, são o Volkswagen T-Cross Highline, o Hyundai Creta, o Chevrolet Tracker e o Honda HR V-Touring.

As principais diferenças entre os três, além da já citada motorização, é basicamente o pacote de acessórios, que é um pouco mais caprichado tanto no modelo alemão quanto no da marca japonesa, ambos com pegada mais urbana do que aventureira.

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Veredicto

Depois de passar 7 dias com o Jeep Renegade Moab em mãos, o veredicto do Canaltech é mais positivo do que negativo. Se colocarmos em um lado da balança o visual, o desempenho, o consumo e o comportamento no trânsito; e do outro a falta de alguns acessórios presentes na Trailhawk, o acabamento rústico e o porta-malas pequeno, a conta fecha com saldo positivo.

Afinal, ouvir o gostoso barulhinho do potente motor a diesel, sem trepidações, agora está ao alcance de mais pessoas por um preço mais acessível do que em um passado não muito distante. Quem quiser comprar um Jeep Renegade Moab e sair se aventurando por aí na selva de pedra — ou na de verdade — pagará cerca de R$ 152.990.

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No Canaltech, o Jeep Renegade Moab foi avaliado graças a uma unidade gentilmente cedida pelo Grupo Stellantis.