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Signal vai às alturas e cresce 1.200% nos primeiros 4 meses de 2021

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 14 de Maio de 2021 às 11h45

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Divulgação/Signal
Divulgação/Signal

O Signal, mensageiro cuja principal proposta é zelar pela privacidade de seus usuários, viu sua popularidade explodir em janeiro de 2021. Métricas do site SensorTower finalmente apresentam conclusões sobre os primeiros quatro meses do ano, e elas registram que o app controlado pela Signal Foundation inflou sua base em quase 1.200%, colocando-o como destaque entre outros mensageiros, como o Telegram e WhatsApp.

Somando os números de Play Store e App Store, foram 64,6 milhões de downloads do Signal em todo o mundo, 51 milhões deles somente em janeiro — mês em que o WhatsApp anunciou a nova política de privacidade. Em paralelo, o Telegram também aproveitou a migração e atraiu 162 milhões de downloads — 64 milhões deles no primeiro mês do ano. Neste caso, gerando 98% de crescimento.

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Além de aproveitar o desconforto gerado pelos novos termos do WhatsApp, o Telegram introduziu grandes novidades, como novas versões web, sistema de pagamentos integrado e as salas de áudio no estilo Clubhouse.

Entretanto, embora o WhatsApp esteja dando espaço para outros mensageiros, ele não perdeu terreno nesse período. O crescimento da plataforma diminuiu em 43% quando comparado ao mesmo momento no ano passado, mas ainda garantiu 172,3 milhões de downloads únicos. Nesse meio tempo, a plataforma atingiu o marco de 2 bilhões de usuários, reiterando sua liderança absoluta.

As novas políticas fizeram diferença para o WhatsApp?

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A resposta dessa pergunta depende da perspectiva. A movimentação gerada pela imposição dos termos de uso colocou outros mensageiros em evidência, o que configura uma mudança significativa no mercado. Apps desse tipo dependem da adesão mútua entre dois ou mais usuários para gerar conversas, e o crescimento inicial da base, portanto, abre espaço para avanços mais lentos ao longo do tempo.

Do outro lado, em matéria de popularidade, o WhatsApp pouco mudou. O Facebook contou na última semana que a maior parte dos usuários já tinha aceitado o contrato e afirmou que "o app continua crescendo", apesar de não ter apresentado qualquer número.

Ir para outro mensageiro não depende da exclusão do primeiro. Contudo, diferente de navegadores ou outros aplicativos, a vasta presença do app do Facebook o coloca como “download obrigatório” para conversar com a maioria das pessoas pelo celular.

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No Brasil, o cenário é ainda mais excepcional. 98% dos celulares brasileiros têm o WhatsApp instalado, enquanto o Telegram está apenas em 45%, e o Signal está em somente 12%. A discrepância é tamanha, que a decisão unilateral de suspender usuários resistentes à nova política gerou desconforto em autoridades locais, que por sua vez pediram que o Facebook revisasse mudanças em seus termos de uso.

No próximo sábado (15), o WhatsApp não banirá imediatamente usuários que não aceitaram os termos, mas suas funções vão se esvair: pouco a pouco, o app será tomado pela tela de aviso do contrato até se tornar totalmente inacessível. Se mudar de ideia e a pessoa finalmente concordar com a política, o mensageiro volta a operar normalmente.

Fonte: The Next Web, SensorTower