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Rússia classifica dona de Facebook e Instagram como "terrorista"

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 11 de Outubro de 2022 às 12h30

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Alveni Lisboa/Canaltech
Alveni Lisboa/Canaltech
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A Rússia adicionou a Meta na lista de organizações terroristas e extremistas. A medida é uma retaliação da Rosfinmonitoring, o serviço federal de monitoramento financeiro do Kremlin, contra empresas acusadas de atentar contra a economia local.

A informação é da Interfax, uma coalizão internacional de comunicadores que atua para levar informações financeiras para o mundo. Segundo a agência, a decisão deve bloquear todos os serviços oferecidos pela Meta no país, como o Facebook, o Instagram e o WhatsApp.

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Não está claro como será feito o bloqueio nem se haverá algum tipo de penalidade para a empresa, como multa ou banimento. Até o momento, não há detalhes se o serviço já foi interrompido em solo russo.

Segundo a agência Reuters, órgão estatal russo teria embasado o pedido partir de vários e-mails internos, nos quais revelava posts anti-Rússia. A Meta teria sido conivente com publicações que incitavam violência contra invasores russos em países como Ucrânia e Polônia.

A empresa de Mark Zuckerberg ainda não se posicionou sobre o assunto. O Vesna, movimento civil contrários à guerra russa, também foi colocado na lista de organização envolvidas em atividades extremistas e terroristas nesta terça-feira (11).

Guerra de retóricas entre Rússia e Meta

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Em março, as duas redes sociais da Meta foram proibidas por um tribunal da Rússia por suposta realização de "atividades extremistas". Durante a audiência, integrantes do Serviço de Segurança da Rússia (FSB) haviam exigido a proibição imediata das redes sociais norte-americanas. A empresa apresentou um recurso, mas um tribunal de Moscou rejeitou o pedido e manteve a condenação.

A acusação veio após as plataformas reduzirem o alcance e restringirem o acesso dos usuários a sites de notícias apoiados pelo governo de Vladimir Putin, como Sputnik e Russia Today. Além disso, foi criado um rótulo para marcar todas as publicações de tais veículos de comunicação como "vinculados ao Estado Russo", em uma tentativa de descredibilizar as informações.

Desde o início da invasão da Ucrânia que as empresas de mídia social do Ocidente aplicam retaliações contra sites que apoiam o governo da Rússia. Twitter e YouTube foram os primeiros a aplicar penalizações, como o fim da monetização e o bloqueio de perfis.

O Google Maps também precisou desativar as edições feitas por usuários na Ucrânia, Rússia e Belarus, pois as pessoas estavam usando o serviço como arma de guerra. Na semana passada, o VK, conhecido como "Facebook russo", decidiu lançar uma loja de aplicativos própria para driblar sanções impostas pelo Google e pela Apple.

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Fonte: Interfax