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Facebook e Instagram são proibidos na Rússia acusados de "extremismo"

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 21 de Março de 2022 às 15h41

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Alveni Lisboa/Canaltech
Alveni Lisboa/Canaltech
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As redes sociais Facebook e Instagram foram proibidas por um tribunal da Rússia por suposta realização de "atividades extremistas". Segundo a agência de notícias TASS, um magistrado teria atendido ao pedido da promotoria para proibir as atividades da empresa Meta no território russo — o WhatsApp, porém, não será afetado.

Durante a audiência, integrantes do Serviço de Segurança da Rússia (FSB) haviam exigido a proibição imediata das redes sociais norte-americanas. A alegação seria a repressão forçada dessas empresas desde o início da invasão à Ucrânia, com sanções que vão desde a rotulagem de notícias até a suspensão da monetização e a redução na entrega de conteúdo da mídia estatal russa para o usuário.

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Na avaliação do FSB, as atividades da Meta hoje se dirigem contra a Rússia e suas Forças Armadas, portanto deveria ser proibida no território nacional. A promotoria foi além e disse que as ações adotadas são "sinais manifestos de atividade extremista".

A procuradoria-geral do país já havia solicitado que órgãos competentes do Kremlin marcassem a companhia como uma "organização extremista", fato que abriria um precedente para a proibição de todas as atividades na Rússia. Conforme o relato da TASS, isso seria uma resposta à decisão da matriz do Facebook e do Instagram de deixar de aplicar a moderação de conteúdo sobre mensagens violentas contra integrantes do exército russo e políticos de Moscou.

Facebook e Instagram já estavam proibidos

A TASS disse que um representante da Meta declarou, nesta segunda-feira (21), que a companhia havia voltado atrás e aplicado a política normal contra discurso de ódio. Vale lembrar que praticamente todas as redes sociais ocidentais estão bloqueadas no território russo, além de sites de notícias como a BBC e a CNN, portanto a medida tem mais efeitos políticos do que práticos para o usuário.

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Além da Meta, o Google também entrou no alvo dos russos. O órgão regulador local, Roskomnadzor, acusou a gigante das buscas e seu serviço YouTube de contribuir para "atividades terroristas", fato que era necessário para bloquear em definitivo o acesso. Assim como os colegas norte-americanos, o site de vídeos reduziu o alcance de vídeos da RT, Sputnik e outros veículos de imprensa pró-Kremlin, suspendeu a monetização e impediu a compra de publicidade no site.

Esse contra-ataque de empresas ocidentais de mídia teria começado após o governo russo passar a controlar praticamente toda a grande mídia do país. Isso fez com que apenas notícias favoráveis à guerra fossem disseminadas para a população local, em uma espécie de esquema coordenado de propaganda governamental.

Segundo a empresa especializada em redes sociais eMarketer, apenas 7,5 milhões de russos usaram o Facebook no ano passado, o que representa 7,3% dos usuários locais. Já o Instagram, muito popular entre os jovens, teve mais de 51 milhões de pessoas ativas em 2021 — um dos maiores mercados do planeta.

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Fonte: Reuters