Publicidade

Facebook e Instagram reduzem alcance de posts da mídia estatal russa

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 01 de Março de 2022 às 16h56

Link copiado!

Alveni Lisboa/Canaltech
Alveni Lisboa/Canaltech
Tudo sobre Facebook

A Meta adotou novas medidas para conter a influência dos veículos de comunicação pertencentes ao governo da Rússia. A plataforma vai reduzir o alcance de publicações feitas pelas páginas de todas as mídias estatais russas no Facebook e no Instagram no mundo inteiro.

  • O que são e como funcionam as armas termobáricas da Rússia
  • Site para monitorar voos congestiona em razão do conflito na Ucrânia

Até então, a empresa já havia bloqueado o acesso do Russia Today (RT) e do Sputnik na União Europeia, mas isso pode não ter sido suficiente para frear o avanço da máquina de propaganda do governo de Vladimir Putin. Essa medida foi compartilhada pelo chefe de política de segurança da Meta, Nathaniel Gleicher, em seu perfil no Twitter.

Continua após a publicidade

Essa mudança no algoritmo será aplicada também a qualquer postagem que contenha links para sites de mídias controlados pelo estado russo nos próximos dias. A ideia é a mesma aplicada a conteúdos com desinformação sobre vacinas e covid-19, no qual a plataforma permite o uso, mas rebaixa o alcance.

Todos os links para sites estatais russos conterão rótulos para informar sobre uma possível falta de credibilidade da fonte nos compartilhamentos. O objetivo é fornecer mais informações para o usuário antes que este possa passar para frente conteúdos criados com fins de propaganda militar.

Duro golpe do Facebook

No momento, esta parece ser a sanção mais pesada até agora aplicada por uma mídia social contra a Rússia. O site RT, por exemplo, é bastante forte nas redes sociais e acumula milhões de seguidores somente no Facebook. A plataforma afirma ter mobilizado uma equipe para verificar o tempo inteiro novos links que possam surgir ou tentativas de burlar o sistema imposto pela Meta.

Continua após a publicidade

O rebaixamento de conteúdo afetará todas as páginas já marcadas com o rótulo de identificação de vínculo com as autoridades russas, introduzido no último final de semana. O Kremin havia ficado bastante incomodado com essa atitude da companhia e chegou a ameaçar o banimento das plataformas da Meta do país.

Gleicher disse que a decisão foi tomada após os vários pedidos de governos mundiais para suprimir a estratégia russa de disseminar conteúdos falsos ou pseudoinformativos pela mídia estatal. O executivo explicou que os serviços da empresa já foram "limitados" na Rússia, medida de retaliação após a Meta se recusar a interromper a verificação de posts e a marcação de contas como ligadas ao governo de Moscou.

Outras medidas de proteção

Continua após a publicidade

O Facebook ativou a ferramenta de bloqueio de perfil automaticamente para moradores da Rússia e da Ucrânia, no intuito de fortalecer as configurações de privacidade, ocultar listas de amigos e impedir que fotos sejam baixadas. A empresa introduziu os chats criptografados de ponta a ponta no Instagram para todos os adultos nos países envolvidos na guerra.

Todas as empresas de mídia russa estão proibidas de comprar publicidade paga para impulsionar conteúdos desde o início da guerra. Todas as mudanças anunciadas começaram a ser liberadas gradualmente a partir de hoje, por isso pode levar algum tempo para que todos as recebam.

Outras redes sociais já seguiram pelo mesmo caminho e passaram a rotular matérias tendenciosas, como o Twitter e o TikTok. O Google decidiu impor uma limitação geográfica para impedir que os europeus tenham acesso a vídeos de sites ligados ao Kremlin no YouTube.

Fonte: Nathaniel Gleicher