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Rússia teria bloqueado acesso a Twitter, Facebook e sites de notícias

Por  • Editado por  Douglas Ciriaco  | 

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Reprodução/twenty20photos (Envato)
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A Rússia pode ter iniciado um movimento para bloquear redes sociais, lojas de aplicativos e páginas de veículos de imprensa do ocidente. Alguns jornalistas e cidadãos começaram a relatar a dificuldade de acesso a esses serviços em solo russo, possivelmente como uma retaliação às sanções adotadas contra o Kremlin.

O repórter do veículo alemão Der Spiegel, Mathieu von Rohr, disse que o país já bloqueou o Twitter e o Facebook, além dos sites de notícias BBC e Deutsche Welle. Lojas de aplicativos também não funcionam por lá, mas não está claro se isso se aplica à App Store (iOS) e Play Store (Android). Até a Wikipedia, que estava sobre ameaça, parece ter sofrido com os bloqueios.

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Já o site de notícias Meduza, com sede na Letônia, teria afirmado que leitores russos reclamavam de não conseguirem acessar o site da organização. Não está claro quais critérios o órgão regulador do país de Vladimir Putin teria usado para aplicar as restrições, mas pode ter ligação com a cobertura pró-Ucrânia adotada pelos veículos jornalísticos.

A rede BBC já anunciou a criação de um apontamento via deep web para permitir o acesso por cidadãos russos e ucranianos. O acesso ocorre pela rede Tor e permite burlar os bloqueios e mascarar o IP para navegar pelas notícias ocidentais.

Isolamento digital da Rússia

A Meta, proprietária do Facebook e do Instagram, aplicou penalizações, como o rebaixamento de notícias cuja fonte eram sites ligados ao Estado russo, e proibição de compra de propaganda para falar sobre a guerra. Ambas as redes sociais passaram a rotular notícias de páginas ligadas ao Kremlin para alertar o usuário de que o conteúdo pode não ser 100% verdadeiro.

Na mesma linha, o Twitter também passou a rotular e teria sido a primeira rede social a ser banida nesse processo, logo no começo da semana, após se recusar a interromper o processo de checagem. O YouTube aplicou bloqueio geográfico para evitar que conteúdos de sites noticiosos russos fossem espalhados na Europa, além de ter desmonetizado canais e mexido no algoritmo para evitar recomendações sobre conteúdo da guerra para moradores da região.

O ministro de tecnologia da Ucrânia pediu ao CEO da Apple, Tim Cook, que bloqueasse o acesso à App Store na Rússia. A empresa não foi tão longe, mas decidiu remover da loja os aplicativos da RT News e da Sputnik fora do país e suspendeu a venda de produtos por lá — o que fez o preço dos iPhones e iPads disparar. A remoção de apps foi seguida pelo Google na Play Store, mas com o acesso regular também mantido.

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Ainda não está claro se os bloqueios feitos pela Rússia são propositais ou fruto da instabilidade na região.

Fonte: CNET