Twitter não permitirá posts com prisioneiros de guerra por perfis estatais
Por Igor Almenara | Editado por Douglas Ciriaco | 05 de Abril de 2022 às 18h00
Numa medida para conter publicações relacionadas a guerras, o Twitter não mais permitirá que perfis ligados a órgãos oficiais compartilhem fotos de prisioneiros de guerra sob o contexto da invasão na Ucrânia. A nova política entre em vigor a partir desta terça (5).
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Pelo que o anúncio sugere, publicações feitas até hoje também deverão ser removidas dos perfis — o próprio Twitter deve informar a autoridade responsável pelo post. “A partir de hoje, exigiremos a remoção de tuítes postados por contas de órgãos oficiais ou de veículos jornalísticos afiliados a governos que compartilhem mídias retratando prisioneiros de guerra no contexto da guerra na Ucrânia”, disse o diretor de integridade da plataforma, Yoel Roth.
Segundo o diretor, a medida está alinhada ao Direito Internacional Humanitário, um conjunto de leis que protege pessoas durante conflitos armados. “Para proteger reportagens essenciais sobre a guerra, algumas exceções se aplicam sob essa orientação quando houver um interesse público convincente ou conteúdo de prisioneiros de guerra importantes para notícias”, comentou o executivo.
Se o conteúdo for de importante interesse público, ele poderá ser publicado sob um aviso de “imagem sensível”. Publicações de prisioneiros de guerra compartilhadas por perfis buscando “insultar, pedir retaliação, discriminar ou glorificar a violência” também serão removidas.
Farpas contra a Rússia
Em resposta ao bloqueio do Twitter na Rússia, a plataforma também não vai “amplificar ou recomendar contas governamentais que pertencem a países que limitam o livre acesso à informação ou estão envolvidas em conflitos armados”, anunciou Roth. A medida deve reduzir significativamente o alcance desses perfis.
"As tentativas dos estados de limitar ou bloquear o acesso a informações gratuitas dentro de suas fronteiras são apenas prejudiciais e vão contra a crença do Twitter em conversas públicas, saudáveis e abertas”, disse a empresa em comunicado.
Assim como o YouTube, o Twitter também dedicou esforços para limitar o alcance de publicações de mídias estatais russas. Além da Rede do Passarinho Azul, Facebook e Instagram também foram bloqueados no país.