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Microsoft limita uso do Bing com ChatGPT para evitar respostas erradas

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 20 de Fevereiro de 2023 às 14h29

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Reprodução/Microsoft
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A Microsoft começou a limitar as conversas diárias por pessoa para evitar problemas com o "novo Bing". Cada usuário só poderá realizar cinco perguntas por vez e um total de 50 sessões, ou seja, até 250 dúvidas por dia.

Com a mudança, será preciso iniciar uma nova sessão após concluir as cinco interações com a IA de conversas naturais. Não está claro se haverá algum bloqueio instantâneo, uma mensagem na tela ou se será necessário atualizar a página para voltar a usar — o botão de vassoura já permite limpar as conversas antigas.

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A medida é para reduzir a carga de interação com o chatbot de inteligência artificial e barrar os bugs estranhos relatados recentemente. Segundo a Gigante do Software, quando as conversas ultrapassam 15 mensagens, o Bing começa a dar respostas curtas, incorretas, ríspidas e até emocionadas.

Isso ocorre porque o robô foi projetado para responder perguntas diretas, mas as pessoas o estariam usando de modo mais amplo, inclusive como entretenimento social. Em muitos casos, as respostas acabam repetitivas, incompletas e até irritadas, como se houvesse uma impaciência da máquina.

Segundo dados da Microsoft, apenas 1% das conversas têm mais de 50 mensagens. Após corrigir as falhas, a empresa poderia reestabelecer os limites de interação novamente — embora não haja uma previsão para isso. A companhia também deve adicionar ferramentas para oferecer mais controle sobre o tom de voz e trazer mais utilidade para o Bing com ChatGPT.

Respostas humanizadas, mas estranhas

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Embora já fossem esperadas algumas respostas imprecisas, os desenvolvedores se espantaram com afirmações assustadoras. O Bing chegou a dizer que espionava pessoas pela webcam do trabalho, o que obviamente acendeu o alerta dos teóricos da conspiração sobre a privacidade.

O "novo Bing" é equipado com uma versão atualizada do ChatGPT, portanto desenvolve praticamente a mesma função deste. A diferença está nas interações ainda mais naturais e em mecanismos de segurança, no intuito de proteger a privacidade do usuário e gerar menos respostas erradas.

O "BingGPT" é a grande aposta da empresa fundada por Bill Gates para rivalizar com o buscador do Google. Aliás, a rival já se movimentou para lançar o Bard, uma tentativa de reproduzir chatbots de conversa na Pesquisa.

Ambos os serviços de algo em comum: a propensão a erros. No caso do Google, a ferramenta deu uma resposta incorreta logo na sua apresentação, o que gerou críticas de astrônomos e fez as ações despencarem. Já no caso do Bing, o buscador parece ter dificuldade em contabilidade e trouxe algumas afirmações incorretas em uma pesquisa acadêmica realizada.

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A Microsoft deve liberar a interface integrada do Bing para mais aplicativos além do Edge. Hoje, além se cadastrar em uma lista com milhões de usuários, é preciso usar o navegador proprietário da companhia para acessar o buscador. Não há uma previsão de quando isso deve ocorrer.