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App Store exclui aplicativo de filmes piratas disfarçado de Sudoku

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 14 de Junho de 2021 às 16h25

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Reprodução/9to5MAC
Reprodução/9to5MAC

Apesar de a Apple ter equipes dedicadas a analisar os aplicativos que entram na App Store, frequentemente aparece algum que consegue burlar o sistema de segurança. É bem raro isso acontecer, mas alguns desenvolvedores mais malandros conseguem burlar os filtros.

Foi o que aconteceu com o app Zoshy +, um game de Sudoku que atingiu uma popularidade repentina entre os jogos de quebra-cabeça mais baixados na loja virtual. A descrição, as capturas de tela e tudo mais indicavam se tratar de título para quem é fã desse gênero de lógica com números.

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Ao iniciar o app, a experiência era totalmente diferente: acesso indiscriminado a filmes e séries gratuitos. O conteúdo é totalmente ilegal e inclui até filmes que estão no cinema e coisas do próprio serviço de streaming Apple TV+. O portal 9to5Mac chegou a executar alguns dos materiais audiovisuais antes do app ser removido e confirmou que estava tudo 100% funcional, embora fosse necessário assistir a propagandas.

Quando descobriu a falha, a Apple correu para remover o app do seu sistema. O “jogo” era o único software atrelado a um desenvolvedor chamado Ha Miller, o que dá a entender se tratar de uma conta falsa criada exclusivamente para essa fraude.

A suspeita é que foi usada uma técnica para esconder a verdadeira identidade do app. Assim que ele era iniciado, realmente mostrava uma interface básica de jogo de Sudoku tradicional, mas bastava acessar em outras ocasiões e aguardar alguns segundos para o verdadeiro propósito ser revelado.

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O Canaltech encontrou um app similar na loja do Google, porém com um foco diferente. Ele apenas se identifica como Zoshy (sem o símbolo de mais) e mostra logo nas capturas de tela que é dedicado a filmes, embora esteja classificado na categoria quebra-cabeças. A descrição diz que se trata de um puzzle com o tema de capas de filmes e séries de TV, mas, na verdade, ele tem o mesmo propósito do programa removido da loja da Apple.

Ataques à integridade de App Store

Essa falha não é algo comum no ecossistema da Apple, mas tem ocorrido com alguma frequência do começo do ano para cá. Em março, o desenvolvedor Kosta Eleftheriou identificou uma versão plagiada de sua obra sendo comercializada, o que gerou um prejuízo de quase US$ 2 milhões. Ele até chegou a processar a companhia por omissão no caso.

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Um mês depois, um usuário do iPhone disse ter sofrido uma perda de R$ 3,4 milhões, após um aplicativo ter roubado todas as suas bitcoins. As moedas foram depositadas em uma carteira virtual falsa que se valia do nome de uma companhia verdadeira para dar mais credibilidade ao golpe.

Em meados de abril, foi a vez de denúncias quanto a reviews falsos e manipulação na classificação de apps da loja. Era notório que alguns desenvolvedores estavam comprando avaliações para inflar a popularidade dos seus aplicativos e assim conseguir comercializar assinaturas.

Fonte: 9to5Mac