OnePlus não quer que funcionários comentem fusão com a OPPO, sugere vazamento
Por Renan da Silva Dores | Editado por Wallace Moté | 21 de Junho de 2021 às 10h20
A OnePlus surpreendeu a todos quando anunciou na última quarta-feira (16) um processo de fusão com a OPPO, companhia-irmã do grupo BBK Electronics. As duas já compartilham recursos há um bom tempo, mas fortaleceram as relações desde que o co-fundador e CEO da OnePlus, Pete Lau, assumiu um cargo de alto escalão na OPPO.
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Apesar do processo, as empresas garantem que ambas as marcas devem seguir operando de maneira independente, mas agora unindo uma gama de recursos que prometem facilitar o desenvolvimento de novos smartphones, além de acelerar etapas como a atualização de software de celulares já lançados. No entanto, ainda há muitas dúvidas acerca da fusão, algo que a OnePlus não parece estar satisfeita em responder.
OnePlus não quer que funcionários comentem fusão
Segundo um suposto documento vazado pelo renomado leaker Evan Blass, a OnePlus recomendou que os funcionários não respondam perguntas relacionadas ao processo de fusão, e especialmente sobre questões relacionadas a software, incluindo rumores de que veríamos a interface OxygenOS da empresa ser substituída pela ColorOS, da OPPO.
A fabricante sugere que a equipe responda não haver novidades a respeito no momento, e que os interessados devem ficar de olho nas redes sociais da marca. A documentação surge pouco depois de a própria fabricante ter confirmado que a OxygenOS seria mantida nos smartphones da marca, e gera preocupação quanto ao futuro dos aparelhos.
Se de fato não haverá modificações no software, a OnePlus deixaria esse ponto mais claro para todos. De toda maneira, há ainda alguns pontos de destaque no documento que ajudam a esclarecer mais o futuro da companhia.
OnePlus é agora uma submarca da OPPO
O ponto de maior impacto apontado pelo texto é que, a partir de agora, a OnePlus se torna uma submarca da OPPO. A nova relação é similar à da Redmi e da POCO com a Xiaomi, em que as primeiras duas têm certo nível de independência, mas seguem respondendo à companhia-mãe. Isso reforça ainda mais as preocupações de que veremos mais modelos renomeados sob o guarda-chuva da OnePlus.
Outro ponto curioso é que Pete Lau é citado como fundador da empresa, ao invés de co-fundador. Apesar de parecer apenas um detalhe, isso indica que pode haver algum tipo de conflito ou estranhamento entre a OnePlus e o outro co-fundador e ex-CEO da fabricante, Carl Pei, que saiu recentemente para apostar em uma nova marca própria, a Nothing.
Por fim, a documentação também sugere que haverá investimentos na criação de um ecossistema integrado, que envolva até mesmo outras plataformas, incluindo o iOS, explicitamente citado pela companhia. Não se sabe se a frase pode estar se referindo a acessórios, como fones de ouvido e carregadores, ou se há algo maior por trás dos planos.
Fonte: Android Authority, The Verge