OnePlus anuncia fusão com a OPPO; marcas devem se manter independentes
Por Renan da Silva Dores • Editado por Wallace Moté |
Nascida com foco no custo-benefício e no uso de ROMs customizáveis, como a LineageOS, então conhecida como CyanogenMod, a OnePlus cresceu vertiginosamente nos últimos anos e é hoje um nome forte do mercado. Atualmente, a marca apresenta ambições de competir no segmento de smartphones premium, como provou a estreia do OnePlus 9 Pro.
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Com preço bastante elevado para os antigos padrões da companhia, ainda que ligeiramente menor que o de concorrentes, o novo topo de linha entrega construção premium, câmeras desenvolvidas em parceria com a fabricante de câmeras profissionais Hasselblad, além da elogiada experiência de software da OnePlus com a interface OxygenOS.
Curiosamente, é inegável que o modelo seja uma espécie de "irmão distante" do Reno 6 Pro+, celular premium da OPPO, que junto à OnePlus integra o grupo BBK Electronics, acompanhadas ainda de marcas como Realme, vivo e IQOO. Não é segredo que as fabricantes já colaboravam no passado, mas uma novidade anunciada nesta quarta (16) oficializa essa posição.
OnePlus e OPPO realizam fusão
Em um comunicado publicado no fórum oficial da fabricante, o CEO da OnePlus, Pete Lau, revelou que a companhia irá se fundir com a OPPO. Ambas continuarão a operar de maneira independente, mas recursos de Pesquisa e Desenvolvimento, além de alguns outros times internos das empresas, serão integrados.
A medida parece ser reflexo do retorno de Lau à OPPO em junho do ano passado, após ter saído da gigante chinesa para fundar a OnePlus. Segundo o executivo, que ainda assim manteve o cargo na empresa em que é cofundador, alguns times já haviam sido integrados e, diante do resultado positivo, ficou decidido que a integração seria ampliada.
O CEO conclui a mensagem detalhando alguns dos benefícios que os usuários podem esperar da fusão, enquanto agradece a comunidade e reforça a importância do engajamento dos consumidores para o sucesso da marca.
O que esperar da fusão?
O comunicado sugere que a junção dos times permitirá que a empresa tenha acesso a mais recursos, criando assim "produtos melhores" para os consumidores. Fora isso, também é citada a maior eficiência de gestão, possibilitando que novidades como atualizações de software possam chegar mais rápido a um número maior de consumidores.
Como aponta o site PhoneArena, a fusão também pode acabar resultando em uma linha maior de aparelhos acessíveis, citando como exemplo alguns dos rebrandings feitos pela marca no passado. O próprio OnePlus Nord 2, esperado para chegar ao mercado ainda neste mês, deve ser lançado como uma versão renomeada do Realme X9 Pro. Espera-se que a prática se torne mais comum de agora em diante.
Fonte: PhoneArena, OnePlus