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Tesla | Uso do piloto automático deixa motoristas mais distraídos, aponta estudo

Por  • Editado por Jones Oliveira | 

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Divulgação/Tesla
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O AutoPilot, sistema de condução semiautônoma da Tesla, está envolvido em uma nova polêmica. Segundo dados apresentados pelo estudo MIT Advanced Vehicle Technology, e posteriormente publicados na ScienceDirect, o recurso aumenta a distração dos motoristas e, consequentemente, o risco de acidentes.

O estudo envolveu a gravação do comportamento de proprietários dos modelos S e X da Tesla em um percurso total de cerca de 800 mil quilômetros. A conclusão do estudo, em resumo, é a seguinte: quando o AutoPilot está ativado, o motorista tende a ficar mais distraído. “Os padrões de comportamento visual mudam antes e depois do desligamento do AP (AutoPilot). Antes do desligamento, os motoristas pareciam menos (focados) na estrada e se concentravam mais nas áreas não relacionadas à direção em comparação com após a transição para a direção manual”, diz parte do documento.

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A constatação foi possível, de acordo com os responsáveis pelo estudo, pelo modelo do teste ter sido desenvolvido para replicar o padrão de olhar dos motoristas. E os números apresentados pelo estudo certamente são motivos de preocupação. Segundo os dados apresentados, 22% dos olhares dos motoristas para fora da estrada, mais precisamente, para baixo, na direção da central multimídia, excederam 2 segundos.

A regra dos 2 segundos

Parece pouco, mas, segundo o Manual de Direção Defensiva do Denatran, esse é o tempo mínimo necessário para que um motorista mantenha distância segura de um carro que está à sua frente. Ou seja: desviar o olhar da estrada por dois segundos pode ser o causador de um acidente.

Ainda segundo os dados do estudo, chamado “Um Modelo para Comportamento de Olhar Naturalista em Torno do Desligamento do Piloto Automático Tesla”, o foco dos motoristas voltava a ficar concentrado na estrada após o desligamento do AutoPilot. Os responsáveis pela divulgação do relatório reforçaram ainda que os dados apresentados são preocupantes, pois os motoristas, independentemente do uso do recurso da Tesla, “ainda são responsáveis pelo veículo enquanto o piloto automático está ativo”.

Para quem não está a par, vale lembrar que o sistema de condução semiautônoma da Tesla tem passado por inúmeros questionamentos por parte do mercado e das autoridades. Recentemente, alguns carros com a funcionalidade se envolveram em acidentes e colisões em decorrência de um problema na leitura das estradas e dos veículos adiante e estacionados à beira da estrada — situação em que entra a tal regra dos 2 segundos. A Tesla, até agora, não se posicionou a respeito do estudo divulgado.

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Fonte: Electrek, ScienceDirect