Quais são os 6 níveis de direção autônoma? Conheça o que significam
Por Felipe Ribeiro • Editado por Jones Oliveira |
Os carros autônomos, quando prontos e devidamente certificados, serão um enorme avanço na mobilidade urbana mundial, transformando completamente a maneira como enxergamos o trânsito e suas peculiaridades. Para tal, inúmeras empresas e montadoras seguem desenvolvendo esses veículos, com muito investimento em tecnologia e testes dos mais variados níveis para que toda a experiência seja 100% segura.
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No entanto, existem vários carros que já contam com algumas das tecnologias que veremos em pleno funcionamento nos veículos autônomos, só que ainda dependendo da atenção humana para supervisão e funcionamento. E para monitorar essas tecnologias, a SAE (Society of Automotive Engineers, ou Sociedade dos Engenheiros Automotivos) definiu seis níveis de direção autônoma, que ajudam na hora de determinar o quão avançado é determinado modelo.
Vale lembrar que, quanto maior o nível, menor é a interferência humana no funcionamento da direção do carro.
Veja quais são os 6 níveis de direção autônomo, o que cada um significa e seus exemplos:
Nível 0: Totalmente manual
No nível 0 de condução autônoma estão os carros 100% manuais e sem qualquer intervenção de segurança, como alertas de frenagem ou sistema de tráfego cruzado. Aqui, temos que dirigir e comandar todas as funções do carro, como aceleração, frenagem, esterçamento, acendimento dos faróis, travamento das portas, troca de marchas, entre outras.
Nível 1: Direção Assistida
No nível 1, temos alguns auxílios à disposição que tornam a condução mais fácil e confortável, como a direção elétrica progressiva, que deixa o automóvel mais leve para manobras; e o piloto automático, que mantém o veículo em uma mesma velocidade automaticamente. A direção hidráulica e a eletro-hidráulica também podem ser consideradas assistências de nível 1.
Nível 2: Automatização parcial
No nível 2 de condução autônoma entram sistemas como o piloto automático adaptativo, frenagem automática de emergência e sistema de permanência em faixa. São recursos que funcionam automaticamente e ajudam a proteger o veículo, mas que precisam sempre da supervisão humana para funcionarem em sua plenitude. Aqui no Canaltech já avaliamos alguns automóveis com essas tecnologias, como o Volkswagen Nivus, Jeep Compass e Volvo S60.
Nível 3: Automatização condicionada
Com a automatização condicionada, sistemas como o alerta de tráfego cruzado e de colisão 360º entram em cena, auxiliando o motorista e impedindo batidas. Além disso, no nível 3 já é dispensada a ajuda do condutor para pequenos deslocamentos em semáforos e balizas, itens presentes em carros como o Ford Territory, que conta com o park assist e o piloto automático adaptativo com a função Stop&Go.
Nível 4: Automatização avançada
Na automatização avançada, os carros podem praticamente dirigir sozinhos, mas dentro de ambientes controlados e sem tanta influência externa, como em tempestades e neblina, por exemplo. Nesses casos, o sistema vai solicitar que o motorista ou o controlador remoto assuma o comando do volante para evitar acidentes, já que alguns sensores não conseguem trabalhar em situações adversas.
Nível 5: Automatização total
Com nível 5 de direção autônoma teremos o suprassumo dessa tecnologia. Aqui todos são passageiros e podem desfrutar de todo o passeio com muita segurança e conforto. Esse tipo de veículo, porém, deve ser, em um primeiro momento, restrito a uso de empresas para transportar pessoas e carga. No futuro, com a popularização desses modelos, é possível que os consumidores finais possam adquirir um.