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O que é piloto automático adaptativo e como ele funciona?

Por  • Editado por Jones Oliveira | 

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Felipe Ribeiro/ Canaltech
Felipe Ribeiro/ Canaltech

Já faz algum tempo que os automóveis deixaram de ser meros meios de transporte para se tornarem uma extensão de nosso corpo, seja por sua utilidade, seja pela conectividade cada vez maior. Mas, por melhor que esses veículos tenham se tornado em termos de conforto e tecnologia, a segurança deve sempre vir em primeiro lugar, inclusive para tornar a viagem mais agradável e despreocupada.

Um dos recursos de conforto mais interessantes presentes nos automóveis é o piloto automático, que basicamente mantém o carro em uma mesma velocidade até que o motorista decida realizar uma frenagem ou aceleração. Essa ferramenta é muito usada, por exemplo, em longas viagens na estrada, em que precisamos manter o pé no acelerador um bom tempo. Ele funciona sempre em parceria com o limitador de velocidade, que tem como finalidade, além de deixar a viagem mais segura, evitar que os condutores recebam multas.

Tanto o piloto automático quanto o limitador de velocidade existem há mais de duas décadas, estando presentes na maioria dos carros automáticos nos anos 1990, por exemplo. Mas, com os anos se passando, as empresas foram criando alternativas para essa tecnologia, tornando-a mais segura e eficaz. Eis que, em meados da primeira década dos anos 2000, surgiu o que conhecemos como Adaptative Cruise Control (ACC) ou Controle de Cruzeiro Adaptativo — que também pode ser chamado de Piloto Automático Adaptativo.

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Atualmente, o ACC é bem comum em automóveis de categorias consideradas premium, mas, há algum tempo, começou a se popularizar, como no caso do Volkswagen Nivus, o primeiro veículo popular do Brasil a vir equipado com um item desse grau.

Como funciona?

Na prática, o piloto automático adaptativo funciona da mesma maneira que o piloto automático convencional. A diferença, porém, é que ele é capaz de acelerar e frear com base no movimento do veículo à frente. O já citado Volkswagen Nivus executa essa tarefa muito bem, mas existem outros modelos no mercado com essa tecnologia, como o Jeep Compass, o Volkswagen Tiguan, Toyota Corolla Hybrid Altis (e o 2.0 também), Volkwsagen Jetta, Ford Territory, entre outros.

Em uma viagem longa, por exemplo, o piloto automático adaptativo poupa o seu trabalho de ficar com os pés no acelerador e no freio, executando essas tarefas por você. Além disso, com um simples botão, é possível controlar a distância que sistema vai te deixar do carro à frente. Desse modo, é possível controlar o automóvel apenas com as mãos, já que também podemos delimitar a velocidade máxima que o veículo deve alcançar mesmo que o caminho esteja livre.

Para executar o ACC, porém, as montadoras precisaram investir pesado em tecnologia. Os carros com esse recurso são equipados com radares e câmeras que conseguem mapear o trajeto e fazer com que o veículo se comporte com segurança. Além disso, praticamente todos os modelos com o piloto automático adaptativo também estão equipados com frenagem automática, justamente para evitar acidentes.

Por outro lado, existem modelos de piloto automático adaptativo que são mais avançados e podem ser usados não apenas na estrada, mas também nas cidades. Um exemplo muito bom é o Ford Territory, que é equipado com o módulo Stop&Go, o mesmo presente no Volvo S60 Polestar. Com esse recurso, o automóvel pode parar totalmente quando o ACC estiver ativado, mas se mover à medida que o carro à frente anda, desde que entre o limite máximo de três segundos.

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Forte tendência

A tendência é que o piloto automático adaptativo se popularize cada vez mais e comece a aparecer em carros considerados de entrada. Na Europa, isso já acontece com o compacto Peugeot 208, que no Brasil teve essa tecnologia removida para cortar custos. No Brasil, o carro mais barato com o piloto automático adaptativo é o Volkswagen Nivus, que custa mais de R$ 100 mil, mas que é considerado, ainda, um veículo acessível perto de outros modelos equipados com o recurso.