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Xiaomi planeja 2021 para ser a 2ª maior fabricante de celulares do mundo

Por| 03 de Dezembro de 2020 às 09h43

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Felipe Junqueira/Canaltech
Felipe Junqueira/Canaltech
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Após alcançar pela primeira vez o terceiro lugar em vendas durante um trimestre, a Xiaomi quer provar tal avanço é consistente. Em negociações com fornecedores da marca, a empresa chinesa prepara um aumento no volume de produção que pode levar à conquista do segundo lugar no ranking global das fabricantes de smartphones.

A notícia foi publicada pelo site Nikkei Asia Review, que citou planos para a produção de 240 milhões de celulares em 2021. O volume supera o histórico anual de fabricação da Apple, que alcançou um pico de aproximadamente 230 milhões de iPhones produzidos em 2015 — com cerca de 191 milhões em 2019.

Caso o número se confirme, a Xiaomi tem tudo para se firmar no segundo lugar entre as marcas de celulares, já que a participação de mercado da Huawei deve seguir uma tendência de queda. Isso antes mesmo de levar em consideração a separação da Honor, vendida para um grupo de empresas chinesas.

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No consolidado de 2019, a Xiaomi deve fechar o ano na quarta colocação entre as fabricantes. Já que assumiu o terceiro lugar apenas durante o terceiro trimestre. A Apple tradicionalmente registra seu melhor resultado em vendas entre os meses de outubro e dezembro, combinando as datas comerciais de fim de ano com a atualização anual de seus smartphones em setembro (outubro, no caso da gama iPhone 12).

Um ponto importante para o próximo ano é saber se a previsão inclui os números da subsidiária Poco, que declarou (novamente) sua independência em relação à matriz chinesa.

Desafios à frente

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Para garantir a execução do ousado plano — para comparação, a empresa vendeu cerca de 125 milhões de aparelhos em 2019 —, a Xiaomi levantou cerca de US$ 4 bilhões em capital (quase R$ 21 bilhões). O número de 240 milhões de unidades não parece escolhido por acaso, já que se trata justamente do recorde de produção da rival Huawei, alcançado no ano passado.

As fontes consultadas pelo Nikkei Asia Review citaram que a Xiaomi pretendia produzir ainda mais aparelhos, mas que o objetivo interno de 300 milhões de unidades se mostrou inviável frente à escassez de componentes na cadeia de produção.

Além disso, a marca não é a única de olho em ampliar sua participação de mercado. Ciente das dificuldades enfrentadas pela gigante Huawei, a também chinesa Oppo revisou seu objetivo de produção para cima. A marca do grupo BBK espera fabricar 170 milhões de celulares em 2021, um número 48% superior aos 114 milhões de aparelhos de 2019.

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Há ainda a concorrência com outras duas empresas do grupo BBK, a Vivo e a Realme. Enquanto a primeira investe em sua expansão pela Europa, a segunda já fincou bandeira na América Latina, com planos de chegar a outros países da região após estrear no Brasil.

Fonte: Nikkei Asia Review