Déjà vu? Fabricante de celulares POCO declara independência da Xiaomi
Por Rubens Eishima | 24 de Novembro de 2020 às 14h45
A Poco agora é independente! Pelo menos é o que diz uma publicação no perfil oficial da marca no Twitter. Caso a afirmação pareça familiar, é porque ela já foi feita antes, mais precisamente em janeiro deste ano. Será que agora é para valer?
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No comunicado oficial, a POCO afirma que está “inaugurando uma nova era como uma marca independente”, e que a “atitude única” da marca está em “ser diferente, confiante e, mais importante, apaixonada por tecnologia”.
O texto segue destacando alguns modelos da marca, caso do pioneiro POCO F1, do Poco F2 Pro (um Redmi K30 Pro Zoom levemente modificado) e dos recentes POCO X3 e M3.
A marca destacou ainda os números de venda do modelo F1, com 2,2 milhões de unidades, além do total de 6 milhões de telefones vendidos pela empresa globalmente. A POCO parece mirar no exemplo da Realme, empresa do grupo chinês BBK que foi a mais rápida a alcançar 50 milhões de unidades vendidas.
Diferentemente da estrutura da BBK, porém, as marcas da Xiaomi sempre mantiveram uma ligação forte com a matriz, compartilhando projetos, recursos humanos e até a personalização de sistema MIUI.
Com a nova declaração de independência, resta saber se a marca deixará de relançar modelos Redmi com o POCO Launcher. Algo que aconteceu com os recentes Poco M2 Pro (Redmi Note 9 Pro) e Poco C3 (Redmi 9C) desde o primeiro “voo solo”.
Perdido na tradução?
Ainda em 2020, a POCO parece ter ensaiado passos para se posicionar como uma marca voltada para o mercado indiano. O país vive um momento de tensão com a vizinha China, o que levou ao boicote de produtos importados.
Uma publicação de julho no perfil indiano da POCO anunciava que a empresa era “Made In India, Made for India & Made by India” (feito na/para/pela Índia). A afirmação parece ter surtido efeito, inflamando os fãs da marca no país.
Será que o novo comunicado de independência tenta apagar a relação da marca com a China, em meio à atual polarização ideológica e comercial no mundo? Deixe seus comentários (civilizados) logo abaixo.
Fonte: Poco