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Xiaomi é oficialmente removida de lista de restrições dos EUA

Por  • Editado por  Wallace Moté  | 

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Divulgação / Xiaomi
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O governo dos EUA pegou muitos usuários de surpresa quando anunciou em janeiro deste ano que havia adicionado a Xiaomi à lista de restrições do Departamento de Defesa (DoD), identificando a fabricante como uma "Companhia Militar Comunista Chinesa" (CCMC). A condição impediria a gigante de negociar com parcerios estratégicos norte-americanos, como Qualcomm e Intel.

Relatórios divulgados chegaram a sugerir que o motivo para a medida, realizada ainda durante o mandato de Donald Trump, seria resultado de um prêmio concedido pelo governo chinês à empresa, condecorando o CEO da Xiaomi, Lei Jun, com a premiação "Grande Construtor do Socialismo com Características Chinesas" (em tradução livre).

A fabricante não aceitou a situação e entrou na Justiça para reverter o quadro, obtendo vitória em meados de março. Agora, a empresa divulgou um novo comunicado oficializando sua remoção da lista de restrições.

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Xiaomi é removida da lista de restrições dos EUA

Em comunicado emitido no blog e no perfil oficial no Twitter da Xiaomi, a empresa revela que o Tribunal do Distrito de Colúmbia, na capital dos EUA, emitiu a última notificação que oficializa a retirada da fabricante da lista de restrições do país norte-americano. Essa é a mesma corte responsável pela decisão que liberou a companhia em março.

Na mensagem, a Xiaomi também agradece usuários, parceiros e investidores pelo suporte fornecido nos últimos meses, e reforça se tratar de uma companhia aberta, com ações nas bolsas de valores, e operada de maneira independente. A organização se comprometeu ainda a seguir fornecendo itens e serviços sólidos aos consumidores, e fabricar produtos inovadores e com "preços justos".

Chinesas se movimentam para contornar sanções

Enquanto a Xiaomi comemora uma vitória, a Huawei segue prejudicada pelas sanções aplicadas pelos EUA. Mesmo após a entrada de Joe Biden na presidência do país, a gigante chinesa foi mantida na lista de restrições, ainda acusada de espionagem em favor do governo chinês. Sem esperanças de retomar os negócios com empresas norte-americanas, a fabricante tem se movimentado rumo à independência tecnológica.

Além de negociar e investir com fundições chinesas para fabricação de chips e componentes, a Huawei também trabalha em um sistema operacional proprietário, o HarmonyOS, previsto para chegar oficialmente aos consumidores já na próxima quarta-feira, 2 de junho. Ao que se sabe, outras fabricantes chinesas, incluindo a própria Xiaomi, estariam em negociações para ter o software da Huawei como uma saída para eventuais restrições dos EUA.

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Fonte: Xiaomi