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Tensor G3 do Pixel 8 teve potência reduzida antes do lançamento

Por| Editado por Wallace Moté | 13 de Outubro de 2023 às 14h00

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Análises dos códigos-fonte da família Pixel 8 apontam que a gigante das buscas teria limitado a velocidade do chip Tensor G3 pouco antes do lançamento dos aparelhos. As limitações foram significativas, atingindo os 450 MHz, e não têm motivações claras, ainda que se especule que problemas de estabilidade com as frequências mais altas ou eventuais bugs de hardware possam estar por trás da decisão.

Os dados foram obtidos pela leaker Kamila Wojciechowska, responsável pelos vazamentos precisos de diversos produtos do Google nos últimos meses, e esclarecem as diferenças da versão final do Tensor G3 para o que havia sido vazado no início do ano. Conforme apontam os códigos, a companhia esperava entregar clocks de CPU mais altos, mas por motivos desconhecidos, precisou limitar as velocidades para o lançamento.

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Pelo plano original, a configuração de nove núcleos em grupos de 1 + 4 + 4 seria idêntica, mas operando com frequências mais elevadas, havendo assim um Cortex-X3 de máxima performance rodando a 3,0 GHz, quatro Cortex-A715 de alto desempenho a 2,45 GHz e quatro Cortex-A510 de alta eficiência trabalhando a 2,15 GHz. No entanto, com os ajustes, as velocidades finais foram de 2,91 GHz, 2,37 GHz e 1,7 GHz, respectivamente.

Os núcleos mais fortes não sofreram grandes reduções, sendo apenas cerca de 100 MHz mais lentos, mas os núcleos de eficiência apresentaram cortes mais drásticos, que chegam a 450 MHz, queda suficiente para afetar o desempenho de forma perceptível. A primeira possibilidade que vem à cabeça é que o chip poderia estar esquentando em excesso, grande problema das gerações anteriores, mas Kamila acredita que outros fatores foram responsáveis pela mudança.

A informante descobriu que o Tensor G3 recebeu três revisões: a original A0, a B0 e a B1, com esta última sendo usada nos celulares à venda e trazendo ajustes simples, compartilhando códigos com a B0. Apesar de ser algo comum na indústria, isso pode sugerir que a fabricante encontrou problemas com as revisões mais antigas, decidindo então aplicar a limitação em favor de entregar maior estabilidade. Reforça esse ponto menções ao uso de determinados códigos para "corrigir um problema de hardware da versão A0".

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É difícil dizer se as velocidades mais altas causariam algum impacto, seja positivo ou negativo, no modelo final do Tensor G3, mas de toda forma, o componente mostrou bons avanços em desempenho e aquecimento em comparação aos Tensor G2 e G1. Além de ajustes mais finos do Google e do uso de núcleos mais recentes, os ganhos seriam influência de um novo processo de empacotamento de chips da Samsung, chamado FOPLP (Fan Out Panel Level Packaging).

Sem entrar em detalhes técnicos, a inovação basicamente garante que haja uma dissipação melhor de calor, tendo como consequências temperaturas mais baixas de operação, clocks mais estáveis e menor consumo de energia. Dito isso, os códigos observados por Kamila apontam para uma versão do novo componente que usa o antigo processo iPoP (integrated Package-on-Package), menos eficiente e usado nas gerações anteriores. É possível que esta seja uma variante destinada ao especulado Pixel 8a.

Apresentada no início de outubro, a família Google Pixel 8 chegou chamando atenção pela estreia do Android 14, design refinado, telas planas muito mais brilhantes, conjunto de câmeras renovado e forte integração de Inteligência Artificial possibilitada pelo Tensor G3. Os aparelhos já estão à venda no exterior com preços sugeridos que partem de US$ 699 (~R$ 3.550). Infelizmente, a linha não deve ser trazida ao Brasil.