Oppo detalha como dobrou vida útil da bateria do Find X5 Pro

A Oppo divulgou nesta semana como conseguiu atingir o número de 1.600 ciclos de recarga da bateria — o dobro da média de 800 ciclos da indústria — com o lançamento do Oppo Find X5 Pro.

Anunciado no final de fevereiro, o celular premium da fabricante combina algoritmos avançados, desenvolvidos no decorrer de 3 anos de estudos, com uma tecnologia engenhosa implementada nas células da bateria para garantir maior durabilidade.

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Oppo explica dobro de vida útil da bateria do Find X5 Pro

Mais poderoso smartphone da Oppo, o Find X5 Pro se destaca não apenas pelo hardware potente, com Snapdragon 8 Gen 1 e chip MariSilicon X dedicado às câmeras, como também pela bateria: o telefone embarca um tanque de 5.000 mAh, com carregamento rápido de 80 W e recarga rápida sem fio de 30 W.

Números tão altos sempre geram dúvidas acerca da durabilidade do sistema de alimentação dos smartphones, mas a gigante inclui uma promessa ousada com a estreia do flagship, garantindo que o aparelho reteria 80% da capacidade da bateria mesmo após 1.600 ciclos de recarga.

Trata-se do dobro da média da indústria, normalmente estabelecida na casa dos 800 ciclos.

Para alcançar essa marca, a empresa desenvolveu o chamado Battery Health Engine, que une duas tecnologias projetadas no decorrer de 3 anos.

A primeira delas é o Smart Battery Health Algorithm, um algoritmo inteligente que avalia em tempo real o potencial elétrico dos eletrodos negativos presentes na bateria. Sua função é manter a corrente elétrica de recarga em valores que reduzem a incidência de morte do lítio enquanto mantém altas velocidades.

Conforme explica a Oppo, o lítio morto, resultante de corrente excessiva ou do tempo de recarga além dos 100%, é o principal responsável pela redução da capacidade da bateria com o passar do tempo.

O Smart Battery Health Algorithm previne esse risco ao mesmo tempo em que se adapta para garantir um tempo de vida útil ainda maior.

Bateria que se regenera com a recarga

Com as preocupações do lítio morto resolvidas, a companhia se empenhou então em desenvolver a segunda parte do Battery Health Engine — a Battery Healing Technology.

Como o nome sugere, trata-se de uma tecnologia que regenera trechos danificados da bateria conforme o processo de recarga é realizado. O mecanismo tira proveito de ajustes na composição química da célula de energia.

De maneira bastante resumida, uma bateria fornece eletricidade ao permitir que átomos carregados eletricamente (íons) atravessem do polo positivo (cátodo) para o polo negativo (ânodo). O meio pelo qual os íons trafegam é uma solução química chamada eletrólito, trecho em que a tecnologia da Oppo foi implementada.

A empresa desenvolveu um eletrólito sólido em formato de filme, com uma nova fórmula mais estável e durável, chamando-o Solid Electrolyte Interface (SEI), ou Interface de Eletrólito Sólido.

O SEI é formado pela reação com um composto químico — um solvente polar — que regenera a estrutura conforme os íons viajam dos cátodos para os ânodos e vice-versa. Na prática, isso significa maior durabilidade para a bateria, que atinge assim os 1.600 ciclos de carga.

Além dos celulares da Oppo, o Battery Health Engine também deve ser utilizado nos sistemas de carregamento de 150 W e 160 W de todo o grupo BBK Electronics, incluindo OnePlus, com o OnePlus Nord 3, Realme, com o Realme GT Neo 3, e outros lançamentos futuros.

Fonte: GSMArena