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Xiaomi e BBK Electronics buscam empresas indianas para a fabricação de celulares

Por| Editado por Wallace Moté | 14 de Março de 2022 às 08h00

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Divulgação/Xiaomi Índia
Divulgação/Xiaomi Índia

Importantes marcas chinesas de smartphones, a Oppo, a Vivo Mobile – subsidiárias da BBK Electronics – e a Xiaomi estão em negociações com empresas indianas para a produção local de dispositivos móveis. Conforme o Bloomberg, as companhias almejam se beneficiar das leis de incentivos da Índia para fomentar a exportação global de produtos.

Hoje, a Índia é o mercado de smartphones que mais cresce no mundo. Após o governo local criar um programa em 2020, as exportações de celulares dispararam e o faturamento do ano fiscal atual, que se encerra em março, pode ultrapassar 450 bilhões de rúpias (cerca de R$ 29,6 bilhões na atual conversão).

Assim, as marcas chinesas pretendem se beneficiar do estímulo financeiro do governo indiano, que visa aumentar a competitividade do país na fabricação de eletrônicos. As empresas também seguem os passos da Apple que já aproveita os benefícios fiscais para produzir determinados modelos de iPhone na Índia desde 2017.

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Expansão global

Segundo o Bloomberg, a colaboração entre as marcas chinesas e as empresas indianas pode ser um marco para a indústria. Embora a China seja o maior consumidor e produtor mundial de smartphones, a Xiaomi e a BBK Electronics buscam meios de ampliar a atuação global como acontece no mercado doméstico.

Isso ajudará as companhias a oferecerem preços mais acessíveis para os aparelhos produzidos e vendidos na Índia. Bem como, devido ao baixo custo de produção, os valores dos produtos exportados podem ser menores em outros mercados.

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Por conta disso, o governo indiano pressiona as marcas estrangeiras para aumentar o número de exportações em troca de maiores benefícios no país. Então, as multinacionais olham a Índia como uma alternativa para reduzir a dependência da cadeia de suprimentos centralizada na China após a guerra comercial com os EUA.

Conforme as informações, a Xiaomi estaria em negociações com a Dixon Technologies e a BBK Electronics poderia fechar uma parceria com a Lava International. Se tudo ocorrer como o esperado, as marcas poderão iniciar a fabricação e a exportação dos telefones ainda este ano.

Processo contínuo

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Nos últimos anos, a Xiaomi, a BBK Electronics e outras empresas começaram a transferir a capacidade de produção para a Índia. Essa mudança contribuiu para que o país se tornasse o segundo maior fabricante em volume de celulares do mundo.

Atualmente, há centenas de fábricas capazes de manufaturar os produtos com recursos básicos para a montagem de celulares. Em 2014, o país tinha apenas duas instalações prontas para a produção de dispositivos móveis.

O nível de produção já é tão alto que as maiores fabricantes indianas já exportam aparelhos para fora do país. A Lava envia telefones para os EUA e a África, enquanto a Dixon produz os celulares da Motorola para o mercado norte-americano.

Fonte: Bloomberg