Motorola quer estar entre as três maiores marcas de celular do mundo até 2027
Por Vinícius Moschen • Editado por Wallace Moté |
A Motorola tem planos ambiciosos para expandir suas atividades nos próximos anos. Uma entrevista recente do presidente da empresa Sergio Buniac indicou que a marca quer estar entre as três maiores do mercado de celulares nos próximos três anos a nível global, com uma trajetória voltada para o crescimento em diferentes países.
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Buniac apresentou um plano interno da Motorola, chamado de Plano Gladiador. Ele inclui a chegada mais forte da empresa em mercados além de onde ela já tem forte presença, como a América do Norte e América Latina.
Além disso, a empresa também pretende aumentar a sua participação no segmento de celulares avançados, incluindo os modelos Edge com tela rígida e a linha Razr com display flexível.
O plano já teria gerado frutos, visto que a linha Razr 40 estaria com vendas cinco vezes mais altas em comparação com a geração anterior. Já os modelos ThinkPhone, de caráter corporativo, tiveram comercialização aumentada em três vezes.
Outro aspecto do plano da Motorola é intensificar as parcerias com empresas consolidadas, como fez com a Bose para desenvolvimento de fones de ouvido como os Moto Buds Plus. Outras colaborações incluem a Pantone (com cores da moda para os produtos) e a Corning (para intensificar a durabilidade).
De acordo com os executivos, essas parcerias possuem como objetivo atrair mais consumidores da geração Z (nascidos entre 1995 e 2010), mulheres e empresas (B2B).
Segundo levantamentos recentes, a Lenovo (empresa dona da Motorola) teve um aumento de 12% nas vendas durante o último ano fiscal, em relação ao período anterior. Além disso, 25% das receitas foram obtidas por meio de produtos premium, especialmente na região da Ásia e EMEA (Europa, Oriente Médio e África).
No entanto, para chegar ao terceiro lugar almejado, a Motorola terá que superar diversas concorrentes chinesas que a colocam fora do top 5 global — incluindo Xiaomi, OPPO e Vivo Mobile. Ademais, a marca terá que atingir um patamar próximo dos 14% da fatia de mercado, algo que não chega perto de obter há anos.
Os números são mais amigáveis na América Latina, onde a empresa fica atrás somente da Samsung, mas também demandam atenção. No continente a Motorola tem 17% da fatia de mercado, segundo relatório da Canalys para o primeiro trimestre deste ano, apresentando uma queda em relação aos 21% registrados no início do ano passado.
Com isso, a Motorola viu sua vantagem frente a Xiaomi cair de 8 para apenas 3%, já que a fabricante chinesa subiu sua fatia de 13% no primeiro trimestre de 2023 para 15% no mesmo período de 2024. Em números brutos, a diferença de aparelhos enviados no período fica em cerca de 600 mil unidades entre as empresas (5,9 milhões contra 5,3 milhões), enquanto a líder Samsung segue com 32% do mercado e 11,1 milhões de unidades enviadas no período.
Fonte: Gizmochina, Canalys, Counterpoint Research