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MediaTek encosta na líder Qualcomm no mercado de processadores de celular

Por| 17 de Setembro de 2020 às 08h30

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A expansão do 5G na China e a contração no mercado de celulares durante a pandemia da COVID-19 reduziram a liderança da norte-americana Qualcomm no mercado de chips de celular. O dado foi revelado pela consultoria Counterpoint, que registrou uma queda no segmento de 26% durante o segundo trimestre, na comparação com o mesmo período em 2019.

Os números da consultoria apontam ainda que a taiwanesa MediaTek, a chinesa HiSilicon (subsidiária da Huawei) e a Apple registraram um aumento em participação no mercado. No caso das fabricantes asiáticas, a forte demanda por smartphones 5G impulsionou os números, além da reabertura no período do mercado chinês após o fechamento de lojas e fábricas no primeiro trimestre do ano.

Enquanto a HiSilicon cresceu de 12% para 16% sua fatia de mercado, a MediaTek aumentou sua participação de 24% para 26%, encostando na líder Qualcomm, que de 33% do segmento em 2019 foi para 29% no segundo trimestre deste ano.

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Os analistas da Counterpoint destacaram as perspectivas pessimistas para a HiSilicon, que perdeu nesta semana o suprimento de chips produzidos por sua principal parceira, a taiwanesa TSMC. O motivo do rompimento das relações é o bloqueio imposto pelo governo dos Estados Unidos em maio, que determinou um prazo para o encerramento no fornecimento de processadores à Huawei e suas subsidiárias até a última terça-feira (15).

5G em alta

Em tom otimista, o relatório indica que a venda de smartphones 5G aumentou (e muito), com crescimento no segundo trimestre de 126% na comparação com os três primeiros meses de 2020, o que pode ter sido influenciado pelos diversos lançamentos de aparelhos intermediários com acesso à nova geração, usando processadores como o MediaTek Dimensity.

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Com as dificuldades enfrentadas pela HiSilicon, as rivais Qualcomm e MediaTek devem ganhar ainda mais fatia de mercado nos próximos meses, a primeira especialmente no segmento de celulares premium — tomando espaço da Huawei e seus modelos P e Mate, com forte presença no mercado chinês — enquanto a segunda entre os aparelhos intermediários e básicos, particularmente em mercados como a Índia, Oriente Médio e África, nos quais a Realme e a Xiaomi tentam aproveitar o provável vácuo deixado pela rival Huawei.

A expansão do 5G, tanto na atualização 2020 da linha iPhone, quanto em aparelhos básicos, é apontada como um provável fator de recuperação nos próximos meses, com destaque para os celulares para jogos, aproveitando a melhor conexão oferecida pela nova geração de redes móveis.

Fonte: Counterpoint Research