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Huawei P30 Pro é revendido no exterior por £ 100; desvalorização é de 90%

Por| 27 de Maio de 2019 às 20h50

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Divulgação/Huawei
Divulgação/Huawei

A Huawei continua sofrendo as consequências por entrar na lista negra comercial dos Estados Unidos. Nesta semana, um consumidor do Reino Unido chegou a colocar à venda seu P30 Pro, lançado em março deste ano, por £ 100 — uma desvalorização de 90% em relação ao preço original do produto.

No mesmo site de revenda, um Galaxy S10+ de segunda mão e também em boas condições de uso é negociado por £ 510, uma redução acentuada de 45%. Os dois dispositivos estão sendo vendidos em um dos sites mais populares de troca e revenda de smartphones do Reino Unido.

Ninguém poderia esperar uma queda tão grande da Huawei. Quando foi lançado, as críticas descreviam o P30 Pro como um smartphone de "muita potência" e ainda diziam que o aparelho "não é apenas um celular de fotografia; ele é sem dúvida o melhor aparelho que veremos em 2019". E o preço condizia a sua fama: em torno de £ 900 (US$ 1.150) no Reino Unido, o mesmo preço de um Samsung S10 + com armazenamento equivalente.

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No Brasil, o P30 Pro é vendido por R$ 5.499. Naquele momento, a consultoria IDC chegou a dizer que o aparelho da Huawei era "o único destaque [no mercado de smartphones] considerando a perspectiva de um fornecedor" para o primeiro trimestre do ano. Isso porque a empresa havia registrado um crescimento de 50% ano a ano, ultrapassando a Apple e se tornando a segunda maior fabricante de smartphones do mundo. "A Huawei está agora a uma distância impressionante da Samsung pelo topo do mercado global", dizia um relatório da IDC.

Depois do anúncio do governo dos Estados Unidos, Google, Intel, Qualcomm, Broadcom, Microsoft e ARM declararam medidas de paralisação contra a Huawei. Mas, enquanto analistas do mercado sugerem que a fabricante chinesa poderá se reagrupar e planejar o futuro, os consumidores parecem estar tentando se livrar de seus aparelhos da Huawei o mais rápido possível — mesmo depois que a empresa garantiu que os consumidores não serão afetados.

E esse é o maior problema a ser enfrentado pela Huawei a curto prazo. "Há apenas alguns meses, você poderia negociar o seu P20 Pro e receber cerca de £ 280", informou o jornal britânico Express. "Agora, os preços para revenda do aparelho estão menores do que £ 50". A publicação ainda ressaltou que o flagship da Samsung de 2018 ainda vale cerca de £ 235, um valor consideravelmente maior do que o mais novo smartphone da Huawei.

A desvalorização dos aparelhos da Huawei se tornou um problema global, mesmo na Ásia. "O mercado de smartphones usados ​​da Huawei sofreu um grande impacto", relatou o Straits Times, de Singapura. "Embora a maioria das lojas de celulares tenham dito que ainda estão comprando aparelhos Huawei usados, eles estão oferecendo preços muito baixos para eles". O Times ainda relata que um revendedor estava oferecendo apenas US$ 100 para comprar um Huawei P30 Pro usado. O preço de varejo recomendado é de US$ 1.398.

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Na semana passada, um porta-voz do site de comércio WeBuyTek disse à Bloomberg que a troca de aparelhos da Huawei registrou um aumento semanal de 540%, e este foi o "maior pico" registrado pelo site. Ele disse que isso fez com que eles "parassem temporariamente de aceitar novas trocas, já que esperamos que o valor desses dispositivos caia".

No mesmo período, a Huawei afirmou que "continuará a fornecer atualizações de segurança e serviços pós-venda a todos os produtos de smartphones e tablets Huawei e Honor vendidos ou ainda em estoque". A empresa ainda declarou que está confiante que "esta situação lamentável" poderá ser resolvida em breve. "Nossa prioridade continua sendo a de fornecer tecnologia e produtos de classe mundial aos nossos clientes em todo o mundo".

Com o anúncio do governo dos Estados Unidos, a Huawei foi colocada na 'Lista de entidades', o que significa que qualquer empresa com sede no país fica proibida de realizar negócios com a Huawei sem a aprovação prévia do governo. O governo dos Estados Unidos deu mais 90 dias para que a empresa chinesa encerre seus negócios e forneça suporte aos usuários existentes.

Fonte: Forbes