ASUS ROG Phone 8 Pro decepciona e falha em teste de resistência
Por Renan da Silva Dores • Editado por Wallace Moté |
Avaliado por Zack Nelson, do canal JerryRigEverything, o ROG Phone 8 Pro decepcionou ao não resistir aos testes de durabilidade do criador de conteúdo. O mais recente aparelho gamer da ASUS apresentou melhorias em relação aos seus antecessores, mas acabou quebrando pouco antes do fim da análise de resistência. A situação ao menos agilizou o desmanche do celular, que embarca componentes interessantes, incluindo o painel de Mini LED configurável.
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Na maior parte dos testes, o ROG Phone 8 Pro não surpreende, seguindo características comuns à maioria dos smartphones. Sua tela de Gorilla Glass Victus 2 apresenta riscos ao ser pressionada com uma ferramenta de nível 6 da escala Mohs, sofrendo com marcas mais profundas no nível 7, enquanto o display AMOLED consegue resistir por 20 segundos antes de sofrer com uma marca branca permanente ao ser exposto à chama de um isqueiro.
O vidro traseiro tem acabamento rústico e curiosamente sofre com riscos sob pressão do canivete de aço de Zack, devendo assim exigir certo cuidado por parte dos usuários para evitar danos. Outro ponto que chama atenção são os botões laterais de alumínio, que são facilmente removidos de forma similar ao visto em concorrentes como os dispositivos da Samsung, mas diferem dos rivais por não poderem ser recolocados sem que o aparelho seja aberto, um ponto negativo.
O YouTuber atribui essa peculiaridade à chegada da certificação IP68 de resistência à água e poeira, inédita na linha gamer da ASUS — é provável que vejamos melhorias no selamento, e consequentemente no encaixe das teclas em futuras gerações. A novidade mostra ser resistente no geral, mas as coisas desandam quando o criador de conteúdo realiza o teste de pressão, tentando partir o telefone ao meio.
Nas duas primeiras tentativas, o ROG Phone 8 manteve-se intacto, mostrando apenas um leve descolamento da placa de vidro traseira. No entanto, a terceira tentativa leva à quebra da peça, apresentando trincas por toda sua extensão, cenário que leva Zack a realizar o desmanche para tentar compreender a razão da falha. É difícil dizer ao certo, mas é possível que um espaço logo acima da bobina de recarga sem fio, outro recurso inédito na família, seja a responsável.
Com essa questão resolvida, o criador de conteúdo passa então a avaliar os componentes internos, em busca de compreender o sistema de refrigeração, outro destaque do aparelho. No caminho, é possível ver o funcionamento da tela Matrix configurável, composta de um grupo de Mini LEDs — mesmo que não seja uma tecnologia inovadora, o visual proporcionado pelo conjunto é digno de elogio.
Chegando à placa-mãe, o YouTuber encontra um problema: o condutor rápido de calor, um retângulo de cobre que deveria transferir esse calor para a traseira do telefone, possui um espaço de ar, que não é um bom condutor. Mesmo que seja preenchido por pasta térmica, esse espaço se junta à bobina de NFC e outras placas de plástico para dificultar a dissipação. Com isso dito, Zack explica que isso não seria um grande problema graças ao alto poder de refrigeração do cooler externo desenvolvido pela ASUS.
No fim das contas, a nova geração do ROG Phone segue um caminho parecido ao dos antecessores ao ainda apresentar problemas de resistência, mas contar com soluções engenhosas e construção e recursos que o tornam um aparelho interessante. Também é válido destacar que, apesar dos resultados pouco positivos, a novidade ainda é uma opção atraente de compra para quem busca alta performance, bastando apenas tomar certas precauções.
Lançado em janeiro, o ASUS ROG Phone 8 Pro é equipado com processador Snapdragon 8 Gen 3, até 16 GB de RAM e até 1 TB de armazenamento, chamando atenção pela tela OLED Full HD+ com taxa de atualização de 165 Hz, visual mais sóbrio, câmeras repaginadas com nova lente telefoto dedicada e diversas funções voltadas para games. O dispositivo está à venda no exterior com preços que partem de salgados US$ 1.199 (~R$ 6 mil) e está confirmado para chegar futuramente ao Brasil, mas não há previsão de prazo e valores no momento.