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Nova variante JN.1 da covid-19 é identificada em 12 países

Por| Editado por Luciana Zaramela | 07 de Novembro de 2023 às 13h47

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  Abdelrahman_El-masry/Envato
Abdelrahman_El-masry/Envato

De olho nas mutações do vírus da covid-19, alguns países da Europa e os Estados Unidos relatam a descoberta de uma nova variante do coronavírus SARS-CoV-2 que descende da Ômicron, a variante JN.1. Até o momento, ela não recebeu nenhum apelido informal da comunidade científica, como a BA.2.86, chamada de Pirola.

Inclusive, a nova variante da covid-19 JN.1 e a Pirola estão intimamente conectadas. Por exemplo, ambas são descendentes da Ômicron e têm um número semelhante de mutações na proteína spike (S) da membrana viral — estrutura usada para infectar células humanas saudáveis.

Hoje, o consenso é de que ela não é ameaça significativa para a saúde pública, como foi observado em ondas anteriores da pandemia da covid-19, já que aparentemente as vacinas continuam a funcionar e a imunidade anterior permanece eficaz em reconhecer o agente viral. Só que isso pode mudar, se surgirem novos dados. Além disso, a infecção ainda pode desencadear quadros de covid longa.

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Nova variante da covid-19

Nos EUA, a variante JN.1 foi detectada pela primeira vez em setembro — há pouco mais de um mês. No final de outubro, ela representava menos de 0,1% das amostras analisadas entre os norte-americanos. Em paralelo, relatos da nova cepa foram feitos em outros 11 países, incluindo Islândia, Portugal, Espanha, Holanda e França.

Em um cenário com poucos casos locais (e globais), o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA afirma que ainda “está aprendendo” sobre o funcionamento da variante da covid-19, mas existem alguns palpites.

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Recentemente, a variante Pirola chacoalhou o mundo científico por ter um número muito grande de mutações na proteína spike. Na primeira leitura, existiu a ideia de que, com isso, ela escaparia de todas as formas de controle e poderia desencadear uma nova onda global, um cenário que não se concretizou.

Observando a nova cepa, “há apenas uma única alteração entre JN.1 e BA.2.86 na proteína spike”, afirma o CDC, o que não deve gerar uma cepa mais virulenta ou perigosa. Inclusive, a hipótese é de que a JN.1 seja uma descendente direta da Pirola.

Sintomas da variante JN.1

Por enquanto, a variante JN.1 não foi relacionada com sintomas inéditos e, por isso, deve ser identificada pelos sintomas tradicionais da covid-19, como explica William Schaffner, professor da Universidade Vanderbilt. “É uma variante descendente da Ômicron e parece ser semelhante [no quesito dos sintomas]”, reforça o especialista para o site Prevention.

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Entre os sintomas mais comuns da covid-19, estão:

  • Febre;
  • Tosse;
  • Falta de ar ou dificuldade em respirar;
  • Fadiga;
  • Dores musculares ou no corpo;
  • Dor de cabeça (cefaleia);
  • Perda de paladar ou olfato;
  • Dor de garganta
  • Congestão nasal e/ou coriza;
  • Náusea e/ou vômitos;
  • Diarreia.

Embora esta seja a lista oficial de sintomas mais comuns elaborada pelo CDC, ela não inclui todos os problemas possíveis da covid-19 — alguns pacientes podem relatar quadros de conjuntivite, por exemplo. Inclusive, os sintomas podem mudar de acordo com o status vacinal do indivíduo.

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E as vacinas, funcionam contra JN.1?

Nas pesquisas posteriores à descoberta da variante Pirola, com inúmeras mutações na proteína spike, os cientistas concluíram que as vacinas atualizadas (2023-2024) ainda desempenham um papel importante na imunidade.

Dito isso, o CDC entende que “as vacinas devem funcionar de forma semelhante contra JN.1 e BA.2.86”. No entanto, uma resposta definitiva só será possível quando os testes específicos forem concluídos.

"Independentemente da variante, todos os coronavírus SARS-CoV-2 se espalham da mesma forma”, pontua o CDC. Sendo assim, mantém-se a recomendação de usar máscaras em ambientes fechados e deixar a caderneta de vacinação sempre em dia.

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Para os grupos de risco, como idosos e pessoas imunossuprimidas, o uso de máscaras em ambientes fechados, como no transporte público e em aglomerações, continua sendo uma estratégia válida de proteção. Afinal, as máscaras são eficazes para todos.

O que diz a OMS

Até o momento, a Organização Mundial de Saúde (OMS) não incluiu a JN.1 na sua lista de variantes que representam potencial risco à saúde global, onde ela poderá ser classificada como uma Variante de Interesse (VOI) ou uma Variante sob monitoramento (VUM). É necessário haver mais casos registrados pelo mundo para que a OMS atualize sua lista.

Fonte: CDC, OMS e Prevention