Com chegada da EG.5 ao Brasil, Ministério da Saúde fala em máscaras
Por Fidel Forato | Editado por Luciana Zaramela | 21 de Agosto de 2023 às 12h44
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Na última semana, o Ministério da Saúde confirmou a identificação do primeiro caso da variante EG.5 do coronavírus SARS-CoV-2, apelidada de Éris, no Brasil. O caso foi identificado no estado de São Paulo e, por enquanto, não muda as recomendações gerais em relação à covid-19. No entanto, a pasta reforça a importância das máscaras para alguns grupos específicos de pessoas: os imunossuprimidos.
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Vale lembrar que, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a EG.5 é considerada uma variante de interesse (VOI). Além da Éris, a entidade classifica a BA.2.86 — anteriormente conhecida como BA.6 — como uma variante sob monitoramento (VUM). Esta última ainda não foi identificada no Brasil, mas tem inúmeras mutações, o que pode ser potencialmente perigoso para a saúde pública.
Diante do atual cenário e das novas variantes, o diretor geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, lembrou que “embora a covid-19 não seja mais uma emergência de saúde global, continua sendo uma ameaça” e deve ser monitorada pelos países. O apontamento foi feito durante os encontros do G20.
Primeiro caso da variante EG.5 no Brasil
Até o momento, apenas um caso da variante EG.5 foi identificado no estado de São Paulo. Segundo as autoridades locais, a paciente era uma mulher, de 71 anos, com o esquema vacinal completo, incluindo doses de reforço. Ela se recuperou da infecção e está bem — o primeiro exame para a covid-19 foi feito no dia 8 de agosto.
Conforme indica o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), a paciente infectada pela EG.5 relatou os seguintes sintomas:
- Febre;
- Tosse;
- Fadiga;
- Dor de cabeça (cefaleia).
Não foram compartilhadas informações sobre o histórico da paciente, como viagens, o que pode indicar um caso de transmissão comunitária da nova variante. Em outras palavras, quando não é mais possível identificar a origem da infecção.
Qual a principal medida para evitar a covid-19?
Neste momento, a ministra da Saúde, Nísia Trindade Lima, afirma, nas redes sociais, que "a vacina ainda é a melhor forma de proteção" contra a covid-19, o que inclui o público em geral e as pessoas do grupo de risco.
“É importante colocar a carteira de vacinação em dia. Pessoas há mais de um ano sem vacina contra a Covid-19, principalmente aquelas em grupos prioritários, precisam receber a dose de reforço das vacinas bivalentes”, reforça a ministra. “Relembramos da importância de vacinar nossas crianças e adolescentes”, complementa Trindade.
Remédio para covid-19 no SUS
Para o tratamento de casos confirmados e com sintomas da covid-19, o Ministério da Saúde explica que disponibiliza o antiviral nirmatrelvir/ritonavir. O uso do medicamento é direcionado para idosos (com mais de 65 anos) e pessoas imunossuprimidas, já que reduz a probabilidade de agravamento da infecção pelo vírus da covid-19.
Quando usar máscaras contra covid-19?
Além da vacinação com as doses bivalentes e do antiviral, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, comenta sobre quais grupos podem se privilegiar do uso de máscaras, em vídeo.
O uso de máscaras contra a covid-19 é recomendado para indivíduos imunossuprimidos, ou seja, aqueles que têm um menor poder de ação do sistema imunológico. São os casos das pessoas que tratam um câncer, fazem hemodiálise e passaram por um transplante de órgão, por exemplo.
“Elas [as pessoas imunocomprometidas] devem, quando forem a locais com aglomerações, fechados, mal ventilados, usar máscaras para se proteger”, pontua Maciel. No entanto, “não temos uma mudança de recomendação para a utilização de máscara para toda a população ou de forma mais indiscriminada”, completa.
Fonte: Ministério da Saúde e ONU