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Vacinados têm 40% menos chances de desenvolver covid longa

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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DragonImages/Envato
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Um estudo britânico publicado no último dia 12 de setembro, na revista científica Open Forum Infectious Diseases, descobriu que a vacina contra o vírus da covid-19 pode reduzir o risco de covid longa em até 2/5, ou em 40%. Realizada em pacientes randomicamente escolhidos de 19 a 69 anos entre abril de 2020 e novembro de 2021, a pesquisa incluiu 3.090 infectados pelo SARS-CoV-2.

A amostra incluiu vacinados com os imunizantes da Pfizer, Moderna e Astrazeneca. Todos haviam recebido 2 doses pelo menos 2 semanas antes de testar positivo para covid. Para comparação, foi estudado outro grupo de 3.090 pacientes não vacinados, selecionando pessoas de idade, sexo, estado socioeconômico, etnia e condições de saúde pré-existentes semelhantes.

Vale apontar que todos participaram da pesquisa britânica da covid-19, onde os participantes tinham de fazer testes da doença com regularidade e reportar quaisquer sintomas de covid longa. Para o estudo, considerou-se que a covid longa seria definida por sintomas que surgiram 12 semanas após testar positivo, especificamente quando não havia outras explicações fora a infecção por coronavírus.

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Resultados e conclusões

Entre os não-vacinados, 14,6% reportaram ter pelo menos um sintoma de covid longa após 12 semanas, em contraste com 9,5% dos vacinados antes da infecção. O risco de desenvolver os sintomas foi 41% mais baixo nos imunizados. Apesar dos achados, os próprios cientistas admitem haver algumas limitações e vieses no estudo.

As duas categorias de participantes, por exemplo, foram infectadas por cepas diferentes do patógeno: a maioria dos vacinados sofreu infecção quando a variante delta estava se proliferando mais, enquanto os não-vacinados provavelmente contraíram a variante alfa. Não foi analisada a ocorrência de covid longa na época da dominação da variante ômicron.

Segundo outras pesquisas realizadas pela mesma equipe, o risco de covid longa 12 semanas após contrair as variantes da ômicron BA.1 ou BA.2 é cerca da metade em comparação com a variante delta. Em termos de severidade dos sintomas, não houve diferenças relatadas entre grupos participantes. Segundos os cientistas, já estamos em fase de não perguntar mais se a vacina reduz a prevalência de sintomas pós-covid, mas sim de perguntar "por que" e "quanto".

Fonte: Open Forum Infectious Diseases